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Editorial do Diário de Aparecida: Junho Vermelho

A substancial meta que realmente faz sentido a todo ser humano, e que passa despercebida no agitado cotidiano, é manter a vida pulsando. E o combustível que proporciona isso é o sangue. Todavia, dados históricos apontam que a escassez desse poderoso e complexo fluido se acentua em épocas de inverno e no fim do ano. Quem não conhece uma história que envolve alguém que tenha se beneficiado desse ato solidário que, em essência, nos faz humanos?

Vale salientar que a doação de sangue em nosso País é 100% voluntária e, segundo estatísticas oficiais, é praticada por 1,8% a 2,0% da população. Índice pífio se levar em consideração o que recomenda a Organização Mundial da Saúde (OMS), ou seja, entre 3,5% e 5%. As razões desse baixo índice estão relacionadas, em tese, a dois determinantes fatores limitadores do processo de doação, quais sejam: a desinformação e a falta de conscientização.

Alguns desses exemplos corriqueiros de desinformação: corre-se o risco de contaminação; se doar, terá que doar sempre; o organismo não recuperará a quantidade doada; a doação afina, ou engrossa, o sangue; a doação fará a pessoa emagrecer, engordar. Agora, os exemplos comuns de falta de conscientização: doar para se certificar de possível doença; doar para obter um dia de licença remunerada no trabalho; doar como opção de horas complementares do currículo escolar; não doar por medo da agulha. Obviamente, há os que, por algum motivo, não podem doar.

No entanto, aos potenciais doadores, cabe a mensagem de que doar sangue é doar vida. Hematologistas estimam que cada doador pode salvar até quatro vidas. Portanto, neste “Junho Vermelho”, criado para conscientizar as pessoas sobre a doação de sangue e motivar a população à prática desse ato, cabe-nos enaltecer e parabenizar as ações dos poderes públicos e da sociedade civil em prol dos que necessitam deste líquido vital. Se puder, doe sangue e ajude a salvar vidas.

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