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Editorial do Diário de Aparecida: Racismo

Nesta segunda-feira, 22, um técnico em enfermagem de Rio Verde, região Sudoeste do Estado, denunciou que foi vítima de injúria racial ao pedir que caminhoneiro usasse máscara. Ele estava trabalhando na entrada de uma empresa agrícola quando o motorista se recusou a usar item de proteção contra Covid-19 e começou a ofendê-lo com palavras agressivas o chamando até de “urubu”. O caso foi registrado na polícia.

O racismo é um dos principais problemas sociais enfrentados nos séculos XX e XXI, causando, diretamente, exclusão, desigualdade social e violência. Racismo é a denominação da discriminação e do preconceito contra indivíduos ou grupos por causa de sua etnia, ou cor. Podem ser indicados, a esse respeito, dois tipos de racismo: a discriminação racial e o racismo estrutural. 

A discriminação é uma forma direta de racismo que acontece quando um indivíduo ou grupo se manifesta de forma violenta, física ou verbalmente, contra outros indivíduos ou grupos por conta da etnia, raça ou cor, bem como nega acesso a serviços básicos e a locais pelos mesmos motivos. De maneira menos direta, o racismo estrutural é a manifestação de preconceito por parte de instituições públicas ou privadas, do Estado e das leis que, de forma indireta, promovem a exclusão ou o preconceito racial.

É inaceitável que casos como este sejam normalizados pela sociedade. Mais da metade da população brasileira é tem sua descendência enraizada nas etnias afrodescendentes que compõem a base da formação do povo do Brasil e são considerados negros ou pardos. No caso acima citado, o motorista em questão, além de ter uma atitude racista, também tem uma atitude irresponsável e leviana quanto à prevenção do novo coronavírus. Expondo-se e expondo a terceiros ao vírus. 

Atitudes como essa devem ser repreendidas e combatidas criminalmente. Neste momento de pandemia, com o aumento desenfreado dos números de casos e mortes, não há espaço para atitudes egoístas e individuais. E, para além deste período pandêmico, não deve haver jamais na sociedade, espaços e brechas para atitudes preconceituosas. A base do convívio e bem-estar social estão no respeito e empatia.

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