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Editorial do Diário de Aparecida: Saúde mental na pandemia

Existem dois tipos de indivíduos que estão, infelizmente, em lados opostos na pandemia da Covid-19: as pessoas em distanciamento social, que têm alguma infraestrutura para isso, e as que estão nas ruas, por trabalho, por desamparo social, ou porque creem que a pandemia é uma paranoia construída. À primeira vista, os problemas psicológicos de quem está em distanciamento social parecem ser diferentes de quem não o está praticando. Mas estamos todos mergulhados…
A situação do vírus, que se deslocou do seu nicho original na cadeia biológica e que veio ocupar os humanos como suporte, agrandando enormemente o espaço que ocupava, significa uma modificação brutal na ordenação do bios no planeta. Estamos em um momento crítico da vida na Terra. E é claro que um ser tão pequeno, como o novo coronavírus, se expandir exponencialmente significa muitas coisas, mas, principalmente, a vulnerabilidade de nós, seres humanos, e da vida ante as ameaças biológicas que sempre assombraram a humanidade.
No problema da pandemia, precisamos de uma régua, uma medida que nos devolva o senso de proporção do problema! Que nos faça distinguir em que dimensão transcorre cada parte desse problema complexo. De modo que a gente não se sinta esmagado, cansado, sem forças, desanimado porque tudo é demais e muito maior do que somos, do que aguentamos em tempos normais.
As consequências da Covid-19 não afetam somente os que foram infectados pela doença, mas a todos nós, que estamos vivendo a insegurança, o medo, o luto, a perda, a tristeza, a angústia, a dor e a saúde. Além do sentimento de impotência ante toda a situação. A percepção é real. O problema é mundial, portanto, maior do que cada um de nós, e pesa de muitas formas demasiado. Porém, paradoxalmente, é o perceber e sentir tudo que pode nos ajudar. Se achar necessário, busque ajuda de um profissional e o suporte da família e dos amigos. Cada vida importa para superarmos tudo isso juntos.

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