Aparecida

Editorial do Diário de Aparecida: Tudo pelo marketing

É incompreensível a atitude do prefeito de Aparecida, Gustavo Mendanha, ao abandonar suas atividades administrativas e gastar seu tempo, inclusive o que deveria ser dedicado ao expediente do dia a dia, para envolver-se em uma agenda de contatos políticos em Goiânia e em municípios distantes, como foi o caso de Luziânia.

Persegue o prefeito uma miragem: o lançamento do seu nome na política estadual, superando, segundo pensa, os limites de Aparecida. Ora, a construção de lideranças não pode ser feita de forma artificial nem recorrendo apenas ao marketing, como é do gosto do sr. Gustavo Mendanha e sua incansável dedicação às redes sociais e à propaganda que tenta transformar o seu questionável governo em exemplo para Goiás – o que está longe de ser.

Em Aparecida, moradores de 60 a 80 bairros convivem com a lama e a poeira, aguardando o asfalto prometido nas campanhas anteriores e que até hoje não se materializou. Empresas deixaram de ser atraídas, diante da falta de reação da prefeitura aos impactos da pandemia de Covid-19 na economia. Milhares de crianças não têm vagas para receber a Educação Infantil nos Cmei’s. E, pior de tudo, famílias em situação de vulnerabilidade social voltaram a passar fome, enquanto Sua Excelência adia o que garantiu que faria: a implantação de um Banco de Alimentos, hoje necessidade vital para as faixas mais carentes da população aparecidense.

Não há porque submeter os interesses e até mesmo a sobrevivência em condições dignas dos moradores de Aparecida a um projeto pessoal que reúne vaidade e soberba na busca de um lugar ao sol no cenário político do Estado. De um prefeito, de qualquer cidade, espera-se que cumpra seu dever legal e corresponda às suas responsabilidades institucionais. E não que mergulhe na politicagem e em aventuras destinadas a satisfazer sonhos de brilho e glória. Não foi para isso que o sr. Mendanha foi eleito.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo