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Editorial: Variante Ômicron

Desde a semana passada, o mundo todo acompanha atento e apreensivo à nova variante do novo coronavírus, intitulada de Ômicron. A Organização Mundial da Saúde (OMS) falou na última sexta-feira que a variante é “preocupante”, o que gerou pânico global e restrições aos voos internacionais. Os cientistas trabalham 24 horas por dia para analisá-la e tentar entender seu comportamento. É o que se sabe a partir dos elementos compartilhados por cientistas sul-africanos.

A origem desta nova cepa é atualmente desconhecida, mas os pesquisadores sul-africanos foram os primeiros a anunciar sua descoberta em 25 de novembro. Casos foram relatados naquele dia em Hong Kong e Botswana. Um dia depois, foi a vez de Israel e da Bélgica. Em 23 de novembro, os pesquisadores descobriram uma nova variante com uma “constelação muito incomum de mutações”. Alguns conhecidos, muitos novos. Ela tem “o maior número de mutações que vimos até agora”, explicou Mosa Moshabela, professor encarregado de pesquisa e inovação da Universidade de KwaZulu-Natal (sudeste da África do Sul).

A velocidade com que novos casos diários de covid-19 estão aumentando na África do Sul, muitos relacionados ao Ômicron, sugere que isso se deve à forte capacidade de transmissão da cepa. A julgar por alguns casos de reinfecções, “muito mais numerosas do que nas ondas anteriores” da pandemia, pode-se pensar que a variante prevalece sobre a imunidade, diz Moshabela com base nos primeiros dados disponíveis. Isso poderia reduzir a eficácia das vacinas, a um grau que ainda não foi determinado. Mas  o grande desconhecido dos cientistas, ainda é a gravidade da doença. Passou-se menos de uma semana desde que a variante foi detectada, deixando muito pouco tempo para determinar clinicamente a gravidade dos casos.

Até a tarde de ontem, 28, 10 deles já haviam reportado casos de Covid-19 pela Ômicron em seus territórios. Não precisamos ser estudiosos para compreender agora que, o que temia a OMS no início da vacinação está se concretizando. A desigualdade social e econômica entre as nações de fato está prejudicando o controle da pandemia. Dentre as informações que os cientistas já afirmam saber é que a falta de imunização provocou o surgimento da cepa, já que ela infecta mais os jovens.

Parece que ainda é algo distante de nós, afinal gestores brasileiros estão negligenciando o controle e afrouxando as restrições de forma exacerbada, mas esse é um problema que, para ser superado, com as menores sequelas possíveis, é preciso formas de prevenção imediatas. A nós, cabe-nos permanecermos vigilantes. Não afrouxando as medidas sanitárias. Usando as máscaras, higienizando sempre as mãos e mantendo o distanciamento social. A pandemia ainda não acabou. Cuide-se!

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