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Editorial: Vilmarzim seria melhor prefeito

Em seus dias de exercício do cargo de prefeito de Aparecida, enquanto o titular Gustavo Mendanha flana pela Europa, o vice Vilmar Mariano – um homem simples, mas arguto na política e de opiniões firmes – está mostrando que está à altura de bem administrar o município.

Um exemplo: tão logo sentou-se na cadeira principal da Cidade Administrativa, Vilmarzim chamou os representantes da Guarda Municipal para uma conversa amigável. O setor, um dos mais importantes da prefeitura, tem reivindicações aguardando solução quanto a direitos que não são reconhecidos e seguiam, até o gesto de Vilmarzim, ignorados pela gestão aparecidense.

Mendanha, como se sabe, um político de vocação ditatorial, como apontou o Jornal Opção, importante veículo da imprensa estadual, nunca recebeu os representantes da GCM para dialogar e sistematicamente negou até mesmo uma reles audiência em que as lideranças da classe apresentariam seus anseios e defenderiam seus interesses.

É óbvio que Vilmarzim quis criar um contraponto, mostrando que, no cargo, seria um prefeito diferente do atual e talvez melhor. Tanto que também chamou os 25 vereadores para um café da manhã, coisa que o titular Mendanha nunca fez, tratando a Câmara Municipal como apêndice – regiamente recompensado – do Poder Executivo em Aparecida.

O vice, como prefeito em exercício, também tomou outra atitude incomum na sua comparação com Mendanha: recebeu jornalistas para responder perguntas e questionamentos, mostrando-se de espírito aberto quanto a quaisquer indagações – coisa que Mendanha sistematicamente não faz e, até ao contrário, chega a processar jornais que publicam críticas à sua administração, mostrando que o seu perfil é de intolerância e autoritarismo.

Ao voltar do passeio pela Europa, Mendanha certamente reclamará do comportamento do seu vice, que acabou chamando a atenção para as impropriedades que acontecem quanto ao poder municipal. Vilmarzim dialoga, ouve, é paciente e confirma que, sobretudo, é um democrata de raiz, capaz de conviver com opiniões dissonantes e de não ser levado no bico por assessores despreparados e bajuladores, como os que cercam o prefeito.

Em seus dias de interinidade, ele dá uma amostra do que será a sua gestão, caso Mendanha tenha mesmo coragem para renunciar ao mandato e partir para a aventura de disputar o governo do Estado, para a qual, diariamente, dá demonstrações de que não tem o menor preparo cívico e histórico, muito menos intelectual.

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