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Educação: Menos de 10% das crianças de Aparecida estão matriculadas na Educação Infantil

Cidade é a que tem a pior avaliação na oferta de vagas em creches: apenas 3.007 para 32.156 meninos e meninas na faixa de zero a 3 anos, segundo o Instituto Rui Barbosa

Da Redação

É um verdadeiro escândalo, muito mais sério do que qualquer uma das denúncias que ultimamente têm colocado Aparecida nas manchetes negativas: menos de 10% das crianças do município estão matriculadas em creches, onde é ministrada a chamada Educação Infantil. A revelação é do Instituto Rui Barbosa, órgão de pesquisa mantido pelos Tribunais de Contas de todo o país, funcionando como braço auxiliar para a fiscalização da aplicação das políticas públicas nos Estados e municípios.

O Instituto Rui Barbosa fez um levantamento nacional da oferta de vagas em creches, onde, sob responsabilidade constitucional das prefeituras, deve ser oferecida a Educação Infantil pelo menos a crianças de zero até 3 anos de idade, como primeira etapa da educação básica.

Os resultados, para Aparecida, são deprimentes. Depois de 4 anos e quase 10 meses no comando da prefeitura, Gustavo Mendanha fracassou redondamente no seu compromisso de atender as famílias aparecidenses com garantia de vagas para os seus filhos menores nas creches – o que prometeu nas campanhas para o 1º e 2º mandatos.

Hoje, conforme o Instituto Rui Barbosa, apenas 3.007 crianças estão frequentando um CMEI (Centro Municipal de Educação Infantil, nome oficial das creches mantidas pelos municípios). O dado que vem a seguir é estarrecedor: Aparecida tem 32.156 crianças de zero a 3 anos, das quais apenas uma minoria – as 3.007 apontadas pela pesquisa – conseguiram vaga para receber a Educação Infantil.

Mais grave: Mendanha não está construindo nem um único CMEI. Os poucos que ele recebeu em obras estão paralisados. Desde a metade do seu 1º mandato, o prefeito fala em levantar mais 9 escolas dessa natureza, mas não deu um único passo nesse sentido. Não há recursos programados nem qualquer providência para a realização das licitações. Esse número, de qualquer forma, é insuficiente para resolver o desafio.

E comprovando que o que já está ruim pode piorar, Mendanha conseguiu um feito inédito na história de Aparecida: dentre os 246 municípios goianos, o que ele governa está em 1º lugar quanto ao maior percentual de crianças não atendidas pela Educação Infantil.

O levantamento do Instituto Rui Barbosa mostra que a 2ª maior cidade do Estado está longe de alcançar a meta traçada pelo Plano Nacional de Educação, em que Aparecida tem prazo até 2024 para atender a pelo menos 50% da faixa etária com direito a vaga em creche municipal. Comparativamente, Goiânia vai muito melhor, já está com mais ou menos 25% das suas crianças atendidas e, com o volume de CMEIs que o prefeito Rogério Cruz está erigindo, pode chegar a cumprir os objetivos estabelecidos pelo PNE para a capital.

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