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Educação profissional beneficia pessoas com deficiências

Da Redação

A formação profissional desenvolve habilidades, desperta a autoestima e incentiva a autonomia. É o que revela a pesquisa de pós-doutorado do bolsista da Coordenação de Pessoal de Nível Superior (CAPES), Renan Antônio da Silva, pelo Programa de Pós-Graduação em Direitos Humanos e Cidadania (PPGDH/Ceam/UnB). O estudo apresenta a importância dos cursos profissionalizantes na inserção de pessoas com deficiência no mercado de trabalho.

A pesquisa acompanhou, entre agosto e dezembro de 2018, 28 concluintes de formações oferecidas pelo Serviço Nacional de Aprendizagem Industrial (Senai), do estado de São Paulo (SP). Desses, 57% eram do sexo masculino e 46% eram mulheres com idades entre 18 e 24 anos. Entre as deficiências observadas, 82% eram físicas, auditivas e visuais.

“De modo particular, no que se refere à inserção no mundo do trabalho, faz-se necessário a quebra de barreiras para que elas se reconheçam e sejam apontadas como parte integrante da sociedade produtiva”, avalia Renan. De acordo com o pesquisador, as pessoas com deficiência ainda são vistas como incapazes de produzir, questão muitas vezes associada à falta de qualificação e capacitação profissional.

Segundo dados da pesquisa, após a conclusão da formação profissional, 71% estavam empregados em sua área de formação e 4% em áreas diferentes. Fora do mercado formal de trabalho estavam 25%. Os resultados indicam que a formação profissional possibilitou a descoberta de capacidades e a integração produtiva.

O artigo foi publicado na Revista Ibero-Americana de Estudos em Educação e traz dados sobre a inserção desses alunos no ambiente escolar, além de detalhar particularidades desses formandos, de acordo com o tipo de deficiência apresentada.

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