Em 4 anos, Mendanha e Iris não mostraram a menor sintonia

Depois que surgiram críticas à falta de uma agenda definida para a realização de parcerias entre as prefeituras de Aparecida e de Goiânia, municípios fronteiriços que compartilham uma larga faixa urbana densamente povoada, os prefeitos Gustavo Mendanha e Rogério Cruz reagiram tentando mostrar que, sim, existiriam ideias para fundamental um trabalho em conjunto.

Os dois falaram na criação de um consórcio para atuar na área de Saúde, mas apenas da boca para fora. Nada de concreto foi definido nem muito menos dado qualquer passo concreto, como por exemplo a designação de auxiliares para a interlocução entre as gestões de uma cidade e da outra.

A nota em que a proposta foi anunciada saiu na coluna Giro, em O Popular, sem maiores detalhes. Na sequência, com a intensificação da 2ª onda da Covid-19, que obviamente tem a ver com a Saúde, Rogério Cruz saiu por um lado, enquanto Gustavo Mendanha foi no sentido contrário. Em Goiânia, as medidas sanitárias preventivas vão acompanhar a nota técnica da Secretaria estadual de Saúde, que, em Aparecida, será ignorada. Enquanto o comércio teve ampliado o seu horário de funcionamento, o de Goiânia deverá ter um expediente menor a partir desta semana.

Historicamente, Aparecida e a capital nunca fizeram qualquer parceria administrativa, em qualquer época. O prefeito Gustavo Mendanha encerrou em 31 de dezembro último seu 1º mandato de 4 anos sem que, em qualquer instante, tivesse tido uma pauta comum de projetos com Goiânia ou mesmo uma discussão, em algum momento, das decisões que poderiam afetar os moradores tanto de Aparecida quanto da capital.

Gustavo Mendanha é do MDB, que, com Iris Rezende, estava no comando do Paço Municipal. Mesmo com essa identidade partidária forte, foram raríssimos encontros entre os dois prefeitos, que, quando aconteceram, não passaram de eventos sociais marcados pela cordialidade e não pela preocupação com os problemas e desafios que afetam as duas municipalidades.