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Em atitude polêmica, sindicatos insistem em manter o comércio fechado durante o carnaval sem feriado

O jornal O Popular confirmou agora há pouco que o Sindicato dos Empregados no Comércio no Estado de Goiás (Seceg) rejeitou as propostas apresentadas por entidades que representam os empresários, que tentavam mudar a data da folga de seus funcionários. O descanso de 48 horas para os colaboradores deste setor está determinado em Convenção Coletiva de Trabalho (CCT).


De acordo com o Seceg, em uma das propostas, os donos de empresa sugeriram compensar um dos dias de folga no aniversário do trabalhador e o outro em uma data aleatória a ser ajustada com o patrão. Na outra proposta, os dois dias de descanso seriam transferidos para uma data a ser combinada entre empregado e empregador. Também foi sugerida a compensação em dias aleatórios a serem acordados com a ciência dos sindicatos patronais e o Seceg.


Segundo O Popular, o presidente do Seceg, Eduardo Amorim, disse que a decisão foi rejeitada porque há, historicamente, postura de imposição das vontades dos empresários na negociação direta com o trabalhador. “O empregado é a parte fraca e nós estamos aqui para barrar qualquer situação de constrangimento e prejuízo a direitos conquistados”, disse. O Seceg representa cerca de 150 mil empregados de mais de 40 mil empresas de Goiás.

A movimentação para a abertura do comércio no carnaval começou após o governador Ronaldo Caiado (DEM) decidir suspender a folga de funcionários públicos, sob o argumento de que a medida poderia ajudar a diminuir aglomerações típicas desta época do ano. O objetivo foi atingido por meio de projeto de lei aprovado na Assembleia Legislativa de Goiás.


A Câmara de Goiânia também aprovou matéria neste sentido. Além disso, a Federação das Indústrias do Estado de Goiás (FIEG) orientou empresários a manterem suas fábricas funcionando normalmente durante o carnaval. A folga dos servidores foi mantida no Tribunal de Justiça do Estado de Goiás (TJ-GO), Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO), Tribunal de Contas do Estado de Goiás (TCE-GO) e Defensoria Pública do Estado.

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