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Enel Goiás é avaliada como a 3ª pior distribuidora de energia do país

A Enel Goiás apareceu novamente entre as últimas colocadas no ranking de continuidade do serviço elaborado pela Agência Nacional de Energia Elétrica (Aneel). A empresa é a terceira pior distribuidora de energia elétrica do País segundo o desempenho registrado em 2020. Ao todo, foram avaliadas 29 companhias de grande porte.

Pelo nono ano seguido, a antiga Celg Distribuição (Celg D) aparece nas três últimas posições. Porém, o desempenho alcançado é o melhor desde o ranking de 2011, quando a antiga estatal estava entre as seis com pior desempenho no serviço. De 2016 a 2018, ficou em última colocação. Em 2019, subiu uma posição, o que se repetiu no ano passado, conforme resultado divulgado em março.

A Aneel avaliou todas as concessionárias brasileiras de janeiro a dezembro de 2020 e a classificação segue o Desempenho Global de Continuidade (DGC), formado a partir da comparação dos valores apurados da duração das interrupções de energia (DEC) e da frequência (FEC) que elas ocorrem em relação aos limites estabelecidos pela agência para esses indicadores.

No Brasil, os consumidores ficaram em média 11,50 horas sem energia (DEC) no ano passado, o que representa uma redução de 10,51% no tempo em relação a 2019. Além disso, foi a primeira vez em dez anos que o resultado ficou abaixo do limite regulatório. No

Estado, os consumidores atendidos pela Enel ficaram no escuro por 17,03 horas, sendo que 12,95 era o teto. Mas, a melhoria foi superior à nacional, o tempo caiu 26,18%.

A FEC também manteve trajetória decrescente. Melhorou 9,87% e ficou em 6,03 interrupções em média por consumidor no País. Enquanto o indicador para Enel Goiás alcançou a frequência de 9,61, abaixo do limite (9,89) e 15,11% menor do que o registrado em 2019.

Enquanto isso, outra distribuidora goiana teve um desempenho melhor. A Chesp, que atende a Região do Vale do São Patrício, ficou em 9º lugar entre 17 distribuidoras de pequeno porte, que atendem até 400 mil unidades consumidoras. Na área da concessão, os goianos ficaram em média 8,81 horas sem energia, bem abaixo do limite (13,85). A empresa também superou a meta para a FEC, que foi de 8,44 e poderia chegar a 14,77 interrupções.

Penalidades

Quando uma concessionária viola os limites estabelecidos pela Aneel, além de pagar compensações aos consumidores – o que somou R$ 66,401 milhões no caso da Enel Goiás em 2020 –, há regra que restringe a distribuição de proventos aos acionistas (dividendos e juros sobre o capital próprio). Isso caso a violação para DEC e FEC globais ocorra por dois anos consecutivos, ou por três vezes em cinco anos.

Assim, em 2021, a Enel Goiás novamente está proibida de distribuir proventos em valor superior ao mínimo legal definido pela Lei nº 6.404, de 15 de dezembro de 1976. O que valerá também para CEB, CEEE-D, Cemig, Cocel e Enel Rio de Janeiro.

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