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Entorno adere ao decreto estadual e deixa Aparecida como única grande cidade que adotou medidas flexíveis

Da Redação

Mais cinco grandes cidades do Entorno do Distrito Federal aderiram nesta semana ao fechamento do comércio não essencial por 14 dias, implantando o sistema determinado pelo decreto do governador Ronaldo Caiado chamado de 14×14, ou seja, 14 dias de portas abertas e em seguida outros 14 de reabertura, até o arrefecimento da pandemia do novo coronavírus. Trata-se de Águas Lindas (230 mil habitantes), Santo Antônio do Descoberto (80 mil), Novo Gama (120 mil), Cidade Ocidental (80 mil) e Valparaíso (180 mil), que já estão dentro do lockdown parcial e temporário 14×14.

Com isso, Aparecida fica ainda mais sozinha na decisão de não cumprir o decreto estadual, insistindo no modelo de isolamento intermitente por regiões – que não suspende o funcionamento das atividades econômicas não essenciais por 14 dias e sim apenas por dois dias por semana, mais metade do sábado e o domingo. Segundo especialistas, o padrão adotado pelo prefeito Gustavo Mendanha (MDB) não interrompe o ciclo do coronavírus, que vai de dois a 14 dias, daí a justificativa científica para o revezamento 14×14 baixado pelo governo do Estado.

Além de Aparecida, o prefeito Marden Jr, de Trindade, também colocou Trindade no regime de isolamento intermitente por regiões. A divergência com Goiânia, onde o prefeito Rogério Cruz adotou o decreto estadual, leva a distorções na estratégia de combate à Covid-19, já que a região metropolitana, a mais populosa de Goiás, compõe um núcleo urbano praticamente homogêneo.

Não é difícil entender onde está o erro do modelo adotado pelo prefeito Gustavo Mendanha e copiado pelo prefeito de Trindade. O ciclo da Covid-19 dura, em média, duas semanas. É exatamente por isso que os setores mais dinâmicos da economia e da sociedade precisam ser paralisados ou reduzidos durante, pelo menos, esse tempo. 

Com o fechamento das grandes cidades do Entorno de Brasília (ainda falta Luziânia, onde o prefeito Diego Sorgatto (DEM) vacila para aderir ao decreto estadual e mantém o comércio aberto, mas só na modalidade delivery), o prefeito Gustavo Mendanha é o único a administrar uma cidade goiana com mais de 100 mil habitantes (Aparecida tem 600 mil moradores) onde as medidas contra a pandemia ainda são flexíveis e permitem o funcionamento integral do comércio, indústria e serviços, diariamente, em mais da metade da sua circunscrição territorial, com alternância.

Foto: Arquivo / Secom Aparecida

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