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Fátima Gavioli desmente vídeo de Bia de Lima: “Só pode ser por causa das eleições”

Em vídeo gravado para professores e administrativo de escolas, sindicalista cita que existem duas eleições que terão segundo turno. Secretária Gavioli aponta conduta eleitoreira

Após críticas da presidente do Sindicato dos Trabalhadores em Educação de Goiás (Sintego), Bia Lima, de que o Governo de Goiás tem prejudicado a educação, a secretária Fátima Gavioli (Educação) chamou a atitude da sindicalista de eleitoreira.
Gavioli retrucou com um vídeo: nele, ela mostra as conquistas da área e explica o momento do Estado e da União em relação à pandemia de coronavírus.
No vídeo gravado para ser distribuído na internet, por sua vez, Bia fala que os professores votaram no atual governo para serem prejudicados.
A sindicalista reclamou da falta de reajustes salariais, da mudança no sistema de 60 horas e apontou “congelamento” das remunerações.
Em sua fala, Bia questionou ainda se os professores irão entregar as notas de fim de ano dos estudantes e pontuou que o momento é de eleição de segundo turno em Anápolis e Goiânia – em clara menção política.
Flávia Gaviolli disse que o conteúdo do vídeo de Bia não é verdadeiro: “Só posso atribuir este vídeo à proximidade das eleições neste segundo turno. Não existe nada de verdade neste áudio”.
Sobre as 60 horas de trabalho, ela disse que existe decisão judicial a respeito da carga horária: “Um grupo de professores entrou na Justiça e alegou que a Secretaria de Educação os obrigava a pegar 20 horas a mais além das 40 horas de trabalho. A Justiça disse o seguinte: a Secretaria de Educação, por ter obrigado os professores a pegar mais 20 horas, agora precisa dispensar essas 20 horas destes professores e pagar as horas extras, que é o que pedem”.
Gavioli disse que vai tentar contornar o problema, que se originou de uma decisão judicial. “O que eu e a procuradoria estamos fazendo é tentar encontrar uma saída dentro da legalidade”.
A secretária disse ainda que uma lei federal impede qualquer reajuste neste momento de crise de saúde pública: “Na pandemia foi aprovada a Lei Complementar 173/2020 pelo Governo Federal, no Congresso, que diz que até dezembro de 2021 nenhum prefeito, governador ou governo federal poderá realizar concursos ou conceder reajustes”.
Ela rebateu a fala do congelamento salarial e disse que “ninguém está congelando salário”: “Muito pelo contrário: trabalhamos para garantir reajuste”.
A professora explica que a Lei Complementar 173/20 não pode ser burlada pela Justiça. Ela defendeu o atual bônus e lembrou que ele contempla todos e não apenas os professores: “O senhor governador está pagando para todos o bônus, zeladora, coordenador, merendeira, tutor… Como reconhecer que o outro bônus era melhor do que esse? Só porque pagava para professor?”.

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