Aparecida

Frente fria pode provocar chuva isolada em Aparecida de Goiânia

Uma nova passagem de frente fria próxima à região Sul e Sudoeste de Goiás pode causar hoje, 30, uma pequena possibilidade de pancada de chuva isolada em Aparecida de Goiânia, segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet). A previsão é de que a umidade relativa do ar pode apresentar uma pequena melhora, no entanto, o gerente do Centro de Informações Meteorológicas e Hidrológicas do Estado de Goiás (Cimehgo), André Amorim, alerta que ela será pequena e os índices continuarão baixos. As temperaturas no município ficam entre 18ºC e 33ºC.

“Essa frente está bem afastada, mas há esse corredor de umidade. Pode até haver áreas de instabilidade. No entanto, a princípio, é apenas um prognóstico, pois a massa de ar seco está muito forte e impede o avanço da frente fria”, explicou André Amorim, que frisou que a umidade relativa do ar ficará hoje entre 60% e 20%. A mudança de clima chegou à região Centro-Sul de Goiás entre sábado, 28, e ontem, 29. Conforme o Cimehgo, a massa de ar seco continua afetando o clima e a previsão é de céu claro, temperaturas máximas elevadas e umidade relativa do ar em declínio ao longo da semana.

Com a estiagem, a preocupação dos especialistas é em relação à baixa umidade relativa do ar. A Organização Mundial de Saúde (OMS) recomenda que o ideal é ela ficar entre 60% e 80%. De acordo com o gerente do Cimehgo, André Amorim, o motivo da queda está ligado à quantidade de chuvas irregulares deste ano. “Teremos céu claro, com temperaturas amenas pela manhã e elevadas no período da tarde, o que acaba derrubando a umidade. Quanto mais quente estiver, mais baixa a umidade”, afirmou.

A chefe do Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet) em Goiás, Elizabete Alves, afirma que teremos temperaturas recordes em setembro. “O retorno da chuva é somente em outubro, normalmente na segunda quinzena. Temos acompanhado nos modelos que provavelmente teremos alguma chuva na primeira quinzena de outubro. No entanto, ainda vamos vivenciar os menores índices de umidade relativa e recorde de temperaturas em setembro”, alerta.

 

Cuidados

Rinite alérgica, asma, gripe, sinusite e bronquite são algumas doenças respiratórias que tendem a se agravar no inverno, época em que a umidade relativa do ar fica mais baixa. Nesse período, os cuidados devem ser redobrados e medidas simples podem ser adotadas para aliviar os sintomas das doenças, trazendo mais conforto quando o tempo estiver mais seco.

Com o tempo seco e a queda dos níveis de umidade, é aconselhável que a população siga as recomendações básicas para evitar a desidratação e possíveis doenças respiratórias, como ingerir bastante líquido durante todo dia; acrescentar ao ambiente um umidificador ou uma bacia ou balde com água; lavar bem o nariz para evitar o ressecamento das vias aéreas. Para quem tem irritação nos horários, é aconselhável a utilização de colírios para hidratação.

Segundo a coordenadora do curso de Enfermagem da Faculdade Anhanguera, Priscila Miranda de Carvalho Coletto, a diminuição da umidade causa o ressecamento da pele e das mucosas, favorecendo as manifestações alérgicas e doenças respiratórias. “A baixa umidade do ar e a poluição provocam um quadro de ressecamento, principalmente, da mucosa nasal. Com isso, ocorre prejuízos na função de barreira natural de proteção, o que pode provocar o aumento do risco de inflamações, crises alérgicas e até mesmo sangramento na região nasal”, explica.

A especialista acrescenta ainda que a atenção deve ser redobrada, principalmente porque, em muitos casos, os sintomas são parecidos aos da Covid-19. “Os cuidados devem ir além, pois, com a semelhança entre manifestações de doenças respiratórias e coronavírus, é natural que as pessoas se confundam, acreditando estar infectadas. Por isso, é aconselhável uma observação cuidadosa dos sintomas, pois, quando se trata de uma doença alérgica ou respiratória, o organismo vai se manifestar da mesma forma de crises anteriores”, avisa.

De acordo com a pneumologista Fernanda Miranda de Oliveira, que possui um consultório no Órion Complex, em Goiânia, a baixa umidade do ar funciona como um agressor das vias aéreas, já que uma das funções do nariz é umedecer o ar inspirado. “Com o ar inspirado seco, o nariz não consegue umidificá-lo adequadamente e ele chega aos pulmões sem a umidade necessária, o que pode causar danos aos brônquios”, explica a pneumologista.

Ela ainda destaca que as pessoas portadoras de doenças respiratórias crônicas, como a asma, doença pulmonar obstrutiva crônica (DPOC) e rinossinusite, costumam ter uma piora no quadro clínico durante esses períodos do ano em que as temperaturas ficam mais baixas e o ar mais seco. Ela destaca que esses fatores podem prejudicar ainda mais o funcionamento do aparelho respiratório.

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