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Glaustin promove diálogo de oito prefeitos com MP e governo estadual para conter covid-19 no Entorno do Distrito Federal

Articulador de encontro em Goiânia nesta segunda-feira, após visita à região na semana passada, deputado federal defende solução conjunta com Brasília

O secretário de Estado da Saúde de Goiás, Ismael Alexandrino, deve se reunir na próxima quarta-feira (24) com o secretário de Saúde do Distrito Federal, Osnei Okumoto, em busca de uma solução para o desafio de superar a segunda onda de contaminação de coronavírus nos municípios do Entorno, hoje em situação de calamidade no mapa elaborado pelo governo estadual.

Uma decisão conjunta é aguardada por oito prefeitos da região, levados pelo deputado federal Glaustin da Fokus (PSC-GO) nesta segunda-feira (22) para um encontro, em Goiânia, com o secretário Alexandrino e a promotora de Justiça e coordenadora da Área da Saúde do Centro Operacional de Apoio do Ministério Público do Estado de Goiás (MPGO), Karina D’Abruzzo.

“A segunda onda de contaminação chegou forte no nosso estado, mas está ainda mais severa no Entorno, cujos municípios concentram nada menos que 40% da população goiana”, disse Glaustin. “Estive na região na sexta-feira para entender o que cada prefeito estava fazendo para evitar o avanço da doença e me deparei com um cenário de grande aflição, pois não adiantaria tomar medidas extremas no lado de cá da fronteira se Brasília continuar aberta, uma vez que boa parte das pessoas se desloca para lá diariamente para trabalhar.”

Participaram da reunião, além de Glaustin, Alexandrino e D’Abruzzo, o presidente da Assembleia Legislativa de Goiás, Lissauer Vieira (PSB), e os prefeitos de Águas Lindas de Goiás, Dr. Lucas da Santa Monica (Podemos), Cidade Ocidental, Fábio Correa (PP), Luziânia, Diego Sorgatto (DEM), Novo Gama, Carlinhos do Mangão (PL), Padre Bernardo, Joseleide Lázaro (DEM), Planaltina, Delegado Cristiomário (PSL), Santo Antônio do Descoberto, Aleandro Caldato (DEM), e Valparaíso de Goiás, Pábio Mossoró (MDB).

Assim como Glaustin, os oito prefeitos defendem uma uniformização das medidas recomendadas pelas pastas da Saúde das duas unidades da federação, a fim de que iniciativas conjuntas sejam tomadas o quanto antes. A ideia é que os gestores da região formem uma comissão para análise e monitoramento das ações a serem adotadas. Luziânia e Valparaíso, por exemplo, registraram recentemente a circulação da variante britânica do coronavírus, presente no Distrito Federal desde dezembro.

Na última semana, em entrevista ao portal Metrópoles, Alexandrino destacou que a prioridade do momento é desacelerar o contágio. “Sem dúvida, o Entorno Sul é uma região que preocupa, por dois motivos: pela densidade demográfica, a segunda maior do estado, perdendo apenas para a região metropolitana, e também pelo aspecto da sazonalidade em relação a Brasília”, afirmou. “Do ponto de vista epidemiológico, a gente precisa frear a contaminação. Se um milhão de pessoas se contaminarem ao mesmo tempo e, destas, 500 mil necessitarem de UTI, nenhum estado teria essa capacidade de atendimento.”

Atualmente, Goiás dispõe de duas unidades hospitalares na região – uma em Formosa, com 14 leitos, e outra em Luziânia, com 30 leitos. Apesar da sobrecarga no sistema goiano, o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha (MDB), informou nesta segunda-feira que não planeja determinar o fechamento de atividades não essenciais em função do cenário da pandemia no Entorno.

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