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Goiás: oposição continua dividida, sem nome competitivo para o governo

Nas eleições de 2018 e 2020 a oposição perdeu parlamentares, prefeitos e lideranças expressivas em praticamente nos 246 municípios goianos

Desgastada por escândalos de corrupção quando ocupava o poder, PSDB e outros partidos perdem lideranças, eleitores e veem reduzida a capacidade de obter votos ao pleito de 2022. Em duas eleições seguidas -2018 e 2020 -, a oposição definhou em Goiás: perdeu parlamentares, prefeitos e lideranças expressivas em praticamente nos 246 municípios goianos.

O PSDB, que controlou o Estado por 16 anos, não sabe o que fazer em relação às eleições do próximo ano, já que as duas principais lideranças tucanas – ex-governadores Marconi Perillo e José Eliton – aparecem com baixos índices para uma eventual disputa ao governo de Goiás.

O Patriota, partido presidido em Goiás por Jorcelino Braga, publicitário, financista e ex-secretário estadual da Fazenda do governo Alcides Rodrigues, ensaia o lançamento da candidatura do ex-prefeito de Trindade Jânio Darrot a governador, que patina nas pesquisas eleitorais. A oposição goiana tem como adversário ela própria: Braga não admite sentar-se com o PSDB marconista para discutir alianças ao pleito majoritário do ano que vem. É que é “inimigo pessoal” do ex-governador, conforme vive repetindo à imprensa.

O Progressistas bem que gostaria de lançar Alexandre Baldy, ex-ministro das Cidades do governo Itamar Franco, para a sucessão estadual, mas reconhece que o presidente do partido não tem condições de “decolar” eleitoralmente, principalmente depois da prisão pela Polícia Federal, acusado de participar de fraudes e desvios de verbas da secretaria de Saúde do governo do Rio Janeiro para empresas suspeitas na aquisição de equipamentos e remédios.

O deputado federal Delegado Waldir Soares caiu fora da oposição antes que seu partido mergulhasse em um “naufrágio eleitoral” e retornou à base do governo Ronaldo Caiado. Waldir não vê espaço para crescimento da oposição em Goiás, principalmente em razão da fragilidade eleitoral das principais lideranças. O MDB de Daniel Vilela, que poderia ser o oxigênio oposicionista para 2022, antecipou sua posição e mudou de direção ao aliar-se ao DEM de Ronaldo Caiado para participar da chapa majoritária. Sem o MDB, a oposição se “esfarela” ainda mais em Goiás. (H.L.)

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