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Gustavo Mendanha e Rogério Cruz: parcerias prometidas foram pelo ralo

Mesmo depois de um encontro em que prometeram atuar juntos para desenvolver parcerias entre Aparecida e Goiânia, em benefício dos moradores dos dois municípios, os prefeitos Gustavo Mendanha e Rogério Cruz continuam mais distantes do que nunca, em especial no que diz respeito a estratégias de combate ao coronavírus.

Mendanha decidiu não adotar as do decreto do governo do Estado aos municípios, tornando mais rígidas as medidas de prevenção sanitária face ao novo coronavírus, e o prefeito Rogério Cruz foi no sentido contrário, acatando integralmente as diretrizes e implantando o sistema 14×14 – que o comércio, indústria e serviços fecham as portas por 14 dias e em seguida reabrem por outros 14 dias, seguindo-se o sistema até o arrefecimento da pandemia. 

No encontro que mantiveram, Mendanha e Cruz deram grande ênfase à promessa de trabalhar em conjunto e, ironicamente, dedicando-se a procurar soluções comuns para a área de Saúde de Aparecida e da capital, que são cidades conurbadas e constituem um único núcleo urbano.

O enfrentamento à 2ª onda da Covid-19 representou uma espécie de teste para as intenções dos dois gestores de caminhar lado a lado, desenvolvendo um entrosamento entre as duas administrações municipais que se mostrasse favorável para Aparecida e Goiânia, no final. 

Pois é, o teste fracassou. O prefeito Rogério Cruz, cidade que proporcionalmente à população tem bem menos casos da nova doença do que a vizinha Aparecida, resolveu acatar na íntegra a o decreto estadual, tornando as medidas de prevenção sanitária mais rígidas na capital. Já o prefeito Gustavo Mendanha refugou o decreto e, ao contrário do seu colega, relaxou ainda mais regras para o funcionamento do comércio e de permissão para aglomerações de qualquer natureza – que, nos finais de semana, acabam acontecendo em shopping centers e bairros aparecidenses onde há ruas que são verdadeiros centros comerciais.

Logo após a posse de Rogério Cruz em Goiânia e a de Mendanha em Aparecida (2º mandato) começaram a surgir críticas à falta de uma agenda definida para a realização de parcerias entre as duas, que administram municípios fronteiriços que compartilham uma larga faixa urbana densamente povoada. Como reação, os dois prefeitos, que também são aliados políticos, reagiram tentando mostrar que, sim, existiriam ideias para fundamentar um trabalho em conjunto.

Os dois falaram na criação de um consórcio para atuar na área de Saúde, mas apenas da boca para fora. Nada de concreto foi definido nem muito menos dado qualquer passo concreto, como por exemplo a designação de auxiliares para a interlocução entre as gestões de uma cidade e da outra. Com a chegada da 2ª onda da Covid-19, o discurso foi por água abaixo, com Cruz escolhendo um caminho para o enfrentamento à pandemia e Mendanha optando por outro, que inclusive coloca em risco a população de Goiânia e pressiona o sistema de Saúde da capital.

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