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Indústria mantém confiança em fevereiro, mas condições atuais da economia desagradam

A piora das condições atuais está ligada à persistência da pandemia e à alta inflação. Os dados são do ICEI, que coletou respostas de mais de 1.500 empresários de todos os portes

Divulgado nesta quinta-feira (10), o Índice de Confiança do Empresário Industrial (ICEI) apresenta estabilidade da confiança das indústrias quando comparado com janeiro de 2022. A pesquisa da Confederação Nacional da Indústria (CNI) mostra que o indicador recuou 0,2 ponto em fevereiro, de 56,0 para 55,8 pontos, mas segue positivo.

O índice mostra que a indústria segue confiante nesse segundo mês de 2022, pois segue acima da linha divisória dos 50 pontos, que separa a confiança da falta de confiança. Porém, é o menor número para o mês de fevereiro desde o ano de 2017.

O ICEI varia entre 0 e 100, tendo em 50 pontos uma linha de corte que separa a confiança da falta de confiança. Foram entrevistadas 1.517 empresas, entre elas, 606 de pequeno porte, 571 de médio porte e 340 de grande porte, de 1 a 7 de fevereiro de 2022.

Indústria mantém confiança em fevereiro, mas condições atuais da economia desagradam

Empresários analisaram as condições atuais da economia

O Índice de Condições Atuais recuou 0,5 ponto e ficou em 49,1 ponto. Ao se mover para mais abaixo da linha divisória de 50 pontos, o índice demonstra uma percepção negativa das condições atuais na comparação com os últimos seis meses.

A percepção de piora das condições atuais está restrita à avaliação da economia brasileira, com índice de 46,1 pontos. O índice relativo à avaliação da empresa caiu 1,1 ponto no mês, mas ainda demonstra uma percepção positiva: índice de 50,6 pontos.


“Esse recuo está ligado à persistência da pandemia e à alta inflação. Além de afetar a saúde dos brasileiros, a persistência da Covid-19 dificulta a reestruturação das cadeias de suprimentos e a recuperação da economia por isso é um dos principais problemas enfrentados pelas empresas”, explica a analista de Políticas e Indústria da CNI, Larissa Nocko.

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