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Mãe do menino Henry é diagnosticada com covid-19 na prisão

Presa por suspeita de envolvimento na morte do filho Henry Borel, de 4 anos, a professora Monique Medeiros Costa e Silva foi diagnosticada com covid-19. O menino, que morreu no dia 8 de março, apresentava sinais de agressão.

Segundo a Secretaria de Estado de Administração Penitenciária (Seap) do Rio de Janeiro, após solicitar atendimento médico, Monique foi encaminhada ontem (19) ao Hospital Penal Hamilton Agostinho, no complexo de Gericinó, em Bangu, zona oeste do Rio. No local, ela foi diagnosticada com a covid-19 e ficará internada para fazer o acompanhamento médico, informou a Seap.

Monique estava presa desde o dia 8 de abril, no Instituto Penal Ismael Sirieiro, em Niterói, na Região Metropolitana do Rio. Ainda no presídio de Niterói, onde teve o primeiro atendimento, Monique fez um exame rápido para verificar se estava com a doença. Diante do resultado foi feita a transferência e, conforme a Seap, ela vai permanecer em Bangu para receber o tratamento.

Inquérito

As investigações sobre o crime indicaram que a criança sofria agressões do namorado de Monique, o vereador Jairo Souza Santos Júnior (sem partido), conhecido como Dr. Jairinho. Monique, Henry e Jairinho em um condomínio da Barra da Tijuca.

Com uso do software israelense Cellebrite Premium, a Polícia Civil recuperou mensagens do celular de Monique trocadas no dia 12 de fevereiro com a babá Thayná Ferreira, nas quais esta revela que o menino estava sofrendo agressões de Jairinho, que o tinha trancado no quarto do casal. No dia 8 de março, as torturas durante a madrugada provocaram a morte da criança.

O vereador também foi preso no dia 8 de abril e está no Presídio Petrolino Werling de Oliveira, Bangu 8. Jairinho foi apontado como assassino do menino pelo delegado titular da 16ª DP, Henrique Damasceno, que preside as investigações. O casal é suspeito do crime de homicídio duplamente qualificado e tortura.

O delegado disse que não acredita na possibilidade de a mãe ter sofrido ameaças para deixar de relatar as agressões. Segundo Damasceno, não faltaram oportunidades para ela falar à polícia sobre a tortura praticada pelo namorado.

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