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Marília Mendonça: Listamos o que já se sabe sobre o acidente que tirou a vida da Rainha da Sofrencia

Enterrada hoje, Marília teve sua vida finalizada há 4 km da pista de pouso, na sexta-feira, 5

A viagem da cantora Marília Mendonça e sua equipe a Caratinga, no Vale do Rio Doce, em Minas Gerais, onde faria um show na noite desta sexta-feira (5/11), foi interrompida a 4 km do aeroporto da cidade após a queda do avião em que estavam. Cinco pessoas morreram na tragédia.

Após o trágico acidente que interrompeu a carreira da cantora, de 26 anos, e tirou a vida de outras quatro pessoas – parte da produção da artista, além do piloto e copiloto -, várias perguntas começaram a ser feitas. Entre elas:  qual foi o motivo da queda do avião e como foram os últimos momentos do voo?

Para ajudar a responder essas dúvidas, listamos aquilo que já está sendo realizado e invstigado

  • Aeronave, empresa e caixa preta

O avião, de prefixo PT-ONJ, pertence à PEC Táxi Aéreo, sediada em Goiânia. Trata-se de um King Air C90A, com capacidade para seis passageiros. A aeronave, que é turboélice e bimotor, foi fabricada em 1984 e tinha autorização para operar em regime de fretamento, segundo a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). O Certificado de Verificação de Aeronavegabilidade (CVA) também era válido, segundo o órgão.

Segundo a Aeronáutica, o avião que caiu em MG não tinha caixa-preta, equipamento de grava as informações de voo e o áudio na cabine. O item é opcional neste modelo de avião.

Horas depois do acidente, a PEC Táxi Aéreo se manifestou por meio de uma rede social e lamentou o acidente, bem como as cinco mortes causadas pela queda do avião. Na nota, a empresa disse que a aeronave envolvida na tragédia estava “plenamente aeronavegável”, com homologação na Anac, e que o piloto e o copiloto tinham todos os treinamentos atualizados, com experiência em voos.

A empresa disse que acionou as autoridades competentes para o resgate assim que soube da queda do voo. Em relação às causas do acidente, a PEC evitou entrar em detalhes, dizendo que os motivos são “incertos” e que serão devidamente apurados pelas autoridades aeronáuticas. “A PEC se coloca à disposição das autoridades e prestará os devidos auxílios aos familiares das vítimas”, afirmou, em nota, se solidarizando com os amigos e entes dos mortos no acidente.

  • Passageiros
    A queda do avião em Piedade de Caratinga tirou a vida de cinco pessoas. Além de Marília Mendonça, morreu o tio e assessor da cantora, Abicieli Silveira Dias Filho, que a acompanhava na maioria das viagens de avião por todo o país. Outra vítima foi o produtor Henrique Ribeiro, também conhecido como Henrique Bahia, que foi também produtor do cantor Cristiano Araújo, morto em um acidente de carro em junho de 2015. Os bombeiros informaram a identificação do piloto, Geraldo Martins de Medeiros e o co-piloto, Tarciso Pessoa Viana.

 

  • Rota do voo e últimos momentos

O avião que levava Marília Mendonça e sua equipe para Caratinga saiu do Aeroporto Santa Genoveva, em Goiânia, às 13h02, segundo a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero). Foram quase 2h30 de voo. Os primeiros chamados para o Corpo de Bombeiros dão conta de que a aeronave caiu em Piedade de Caratinga por volta das 15h30.  Antes de o avião cair, moradores contaram ao Estado de Minas que a aeronave começou a girar, até cair “de bico” na cachoeira.

“Primeiro, soltou uma peça do avião, que caiu próximo a casa de um morador do condomínio. Em seguida, o avião começou a girar no ar em formato de parafuso. Bateu de bico na cachoeira. Ouvi um grande estrondo”, contou o morador. Segundo ele, o barulho da queda foi “parecido com o de uma forte batida de carro”, relatou uma testemunha que mora em um conjunto de casas próximo ao local do acidente. Tudo indica que o avião estava na reta final de pouso no Aeroporto de Ubaporanga.

  • Causas do acidente

Os fatores que levaram à queda do avião ainda são desconhecidos. Neste sábado (6), uma equipe do Terceiro Serviço Regional de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (SERIPA 3), ligado ao Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (CENIPA), deve chegar ao local do acidente. Os investigadores, que são do Rio de Janeiro, devem fotografar cenas, recolher partes do avião e ouvir testemunhas, além de reunir documentos da aeronave. Tudo isso faz parte dos trabalhos iniciais.

Antes de cair, o avião atingiu fios de alta tensão da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). Alguns cabos passam na reta da pista do Aeroporto de Ubaporanga. Notificações feitas por pilotos aos órgãos responsáveis pela aviação no Brasil falavam de um “obstáculo que violava o plano básico de zona de proteção” do aeroporto. Uma antena e uma torre, por exemplo, foram citadas pelos profissionais. No entanto, somente a investigação coordenada pelo Cenipa poderá definir os motivos que causaram a queda do avião.

  • Investigação

O Centro de Investigação e Prevenção de Acidentes Aeronáuticos (Cenipa) informou, em nota, que já iniciou a investigação do acidente. Segundo o órgão, em um primeiro momento, serão feitas fotografias do local da queda e dos destroços. Outras providências iniciais são a retirada de partes da aeronave para análise e e a reunião de documentos e relatos de testemunhas. A apuração não tem prazo de encerramento pré-fixado, já que cada caso tem um grau de complexidade. O procedimento não aponta culpados. O objetivo é apenas identificar os problemas que ocasionaram o acidente e evitar que outros similares ocorram.

  • Velório

Marília Mendonça e o assessor Abicieli Silveira Dias Filho, que é tio dela, foram enterrados neste sábado (6/11) no cemitério Parque Memorial, em Goiânia, em cerimônia reservada à família e amigos mais próximos. Pouco antes, uma multidão acompanhou o velório no Ginásio Goiânia Arena. O corpo de Henrique Ribeiro, o Bahia, produtor geral de Marília Mendonça, foi sepultado por volta das 17h25 deste sábado (6/11) no Cemitério Jardim da Saudade, em Salvador.

Os corpos do piloto Geraldo Martins Medeiros, 56 anos, e do copiloto Tarcísio Pessoa Viana, de 37, serão velados em Brasília neste domingo (7/11).

Geraldo será velado pela manhã no cemitério Boa Esperança e depois segue para um crematório em Valparaíso de Goiás. Já os ritos fúnebres de Tarcício serão realizados no cemitério de Taguatinga, também no Distrito Federal.

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