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MDB rompe com Rogério Cruz: 21 secretários entregam cargos

Helton Lenine

O rompimento entre o MDB e o Paço Municipal comandado pelo prefeito Rogério Cruz (Republicanos), que já era dado como certo por interlocutores há duas semanas, foi sacramentado ontem, 5.

Em entrevista coletiva convocada pelo presidente estadual do partido, Daniel Vilela, 21 auxiliares entregaram seus cargos. São eles: Alessandro Melo, Secretaria de Finanças; Agenor Mariano, Secretaria Municipal de Planejamento Urbano e Habitação; Carlos Júnior, Secretaria de Desenvolvimento); Pedro Chaves, Secretaria de Mobilidade; Murilo Ulhôa, CMTC; Célio Campos, Secretaria de Inovação, Ciência e Tecnologia; Colemar Moura, Controladoria Geral do Município; Filemon Pereira, Secretaria de Direitos Humanos; Antônio Flávio, Procuradoria Geral do Município ; Leandro Vilela, Secretaria Extraordinária; Kleber Adorno, Secretaria de Cultura; Euler Morais, Secretaria de Relações Institucionais; José Frederico, Escritório de Prioridades Estratégicas; Gean Carlo Carvalho, Secretaria Executiva de Assuntos Estratégicos, entre outros.

O rompimento acontece após série de mudanças promovidas por Rogério em cargos que o MDB considerava cruciais: tudo começou com a exoneração do secretário de Governo, Andrey Azeredo, um dos principais nomes da campanha de Maguito Vilela, afastado da pasta de Governo. O republicano foi à Brasília buscar Arthur Bernardes para o lugar do ex-vereador.

O prefeito passou um tempo negando a crise, alegando que algumas críticas lançadas contra ele não passavam de “fogo- amigo”. Disse também que estava e continuaria focado na gestão da crise promovida pela pandemia. Rogério Cruz acrescentou ainda que não promoveu as alterações no secretariado por pressão do Republicanos ou da Igreja Universal do Reino de Deus. “Apontem um pastor sequer da Universal que esteja na minha administração”, desafiou.

Novas trocas vieram na Comunicação, Administração, Educação, Comurg e também na Agência Municipal de Meio Ambiente. Na Seinfra, o ex-deputado Luiz Bittencourt ficou sabendo apenas após publicação de decreto que os contratos de sua pasta haviam sido suspensos. Pediu exoneração imediatamente. Sete secretários saíram até quinta da semana passada, enquanto 14 pediram exoneração hoje, totalizando 21. O secretário de Saúde Durval Fonseca, indicado pelo genro de Maguito, Dr. Marcelo Rabahi, que acompanhou a sua evolução depois de acometido pelo coronavírus, ficou para trás, sob a alegação de que uma saída súbita poderia prejudicar o combate à pandemia em Goiânia. 

Reunidos na noite de domingo, 04, os secretários e dirigentes indicados pelo MDB, com o presidente regional Daniel Vilela, decidiram entregar os cargos e desembarcar da administração do prefeito Rogério Cruz, montando o ato solene que aconteceu na manhã de ontem, 5, no Alpha Park Hotel, escolhido pela simbologia de ter sido palco de vários eventos da campanha de Maguito Vilela para prefeito de Goiânia. Apesar de todos os presentes usarem máscaras, a aglomeração recebeu críticas. Ao discursar, os oradores retiravam a proteção, até que, último a falar, Daniel Vilela fez o seu discurso sem retirar o apetrecho.

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