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Afinal, as luvas descartáveis protegem contra novo coronavírus?

Infectologista do Grupo América, que faz parte do Sistema Hapvida, Ana Carolina Lemes David explica que utilização da luva não substitui a higienização correta das mãos

Com a orientação da Organização Mundial de Saúde (OMS) para redobrar os cuidados devido a pandemia do novo coronavírus, muitas pessoas passaram a adotar luvas com o intuito de reforçar a proteção. Embora as luvas descartáveis sejam usadas em ambientes hospitalares, por profissionais da saúde, elas protegem as mãos apenas de contaminação grosseira, como sangue ou outros fluidos corporais.
Como elas não podem (nem devem) ser higienizadas, usá-las no transporte público, no comércio e no trabalho sem que isso seja acompanhado de hábitos como não tocar o rosto e não higienizar as mãos após remover as luvas não oferece proteção. Inclusive, elas podem até aumentar o risco de uma infecção, pois a pele começa a suar muito rapidamente sob as luvas. E o clima quente e úmido é o ambiente ideal para bactérias e vírus de todos os tipos.
De acordo com a infectologista do Grupo América, que faz parte do Sistema Hapvida, Ana Carolina Lemes David, a luva não substitui a higienização das mãos, mas mesmo assim, quem optar por usa-las, deve fazer de forma adequada. “As luvas passaram a ser usadas pelas pessoas para evitar o contato com superfícies contaminadas. Porém, é preciso ter atenção e não tocar na face, boca, nariz, olhos, bolsa, celular, óculos ou qualquer pertence com as luvas, uma vez que se elas estiverem contaminadas, podem infectar a própria pessoa”, explica.

Assim, a especialista alerta que a principal forma de prevenção contra a Covid-19 é lavar as mãos com água e sabão frequentemente, principalmente após tossir, espirrar e ir ao banheiro. Além disso, é importante reforçar a higiene com álcool gel. “Com esses pequenos cuidados, é possível evitar que o vírus acesse o organismo após o contato com uma superfície contaminada. Lembrando que essas medidas, aliás, podem afastar o risco de gripe e outras infecções”, finaliza a médica.

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