Aparecida

Mendanha abre agenda sobre eleições em plena pandemia

Em plena pandemia de Covid-19, em que um número elevado de aparecidenses continua morrendo diariamente (já são quase 1.200 óbitos desde o início da pandemia), o prefeito Gustavo Mendanha passou a se concentrar em conversações políticas sobre lançamento de candidaturas majoritárias (governador e senador) às eleições de 2022 e sobre alianças do MDB com partidos do espectro oposicionista.
É inoportuno. Todo o foco dos gestores públicos, no momento, deveria estar no enfrentamento ao novo coronavírus. Mesmo tendo contraído a doença, e também sua família – esposa, filhos, mãe e tios –, além de ter perdido o pai, Léo Mendanha, o prefeito esvaziou a agenda administrativa para gastar o tempo em encontros com lideranças políticas para discutir as eleições do ano que vem.
Desde janeiro, nas poucas vezes em que abriu o seu gabinete na Cidade Administrativa, Mendanha se dedica a receber prefeitos, vereadores, parlamentares e dirigentes partidários. No cardápio, faz propaganda de sua administração e prospecta apoio para uma eventual candidatura ao governo do Estado, respondendo evasivamente a perguntas sobre como fica o seu projeto diante da predominância do presidente do partido no Estado, Daniel Vilela, nos planos do MDB estadual.
Na últina terça-feira, Mendanha foi à residência do vereador André Fortaleza (MDB), presidente da Câmara Municipal de Aparecida, no Setor Cruzeiro do Sul, para reunião com Daniel Vilela e o 1º suplente do MDB na Assembleia e atual secretário municipal de Desenvolvimento Urbano, Max Menezes, sobre candidaturas, alianças, coligações e o processo eleitoral de 2022.
Mendanha revela, nas conversas, posições ambiciosas e dúbias: ora quer ser candidato a vice-governador na chapa do governador Ronaldo Caiado (DEM), ora imagina uma candidatura a governador pela oposição, tendo como aliado o PSDB do ex-governador Marconi Perillo.

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