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Mendanha afastou maguitistas da prefeitura. Agora, tenta negar o legado do seu antecessor

Mesmo propagando que o ex-prefeito e ex-governador foi seu “mentor político”, o atual gestor de Aparecida de Goiânia deixou de fora do secretariado todos os aliados de Maguito Vilela, à exceção de Mário Vilela

Para surpresa geral no MDB e no meio político goiano, o prefeito de Aparecida de Goiânia Gustavo Mendanha (sem partido) formatou o seu secretariado, em 1º de janeiro deste ano, sem a presença dos aliados do ex-prefeito e ex-governador Maguito Vilela, tido como seu “mentor” político”. A única exceção é o engenheiro civil Mário Vilela, que permanece à frente da secretaria de Infraestrutura.

Mesmo após o empenho de Maguito Vilela nas duas eleições para a prefeitura de Aparecida de Goiânia – 2016 e 2020 -, Mendanha deixou de fora todos os seguidores do líder do MDB goiano, sem apresentar nenhum motivo que justificasse seu gesto. A um companheiro político, Mendanha disse que precisava formar um secretariado que tivesse a sua “cara”.

Até mesmo Mário Vilela foi vítima de tentativas de Mendanha de retirá-lo do cargo, desde o 1º mandato de prefeito, mas, em razão de seu trabalho à frente da pasta de Infraestrutura e também do respaldo do empresariado da cidade, o maguitista foi mantido. Persistem até hoje os comentários: a qualquer momento o prefeito deve trocar o titular da secretaria de Infraestrutura para colocar um “gustavista” na pasta.

A indignação pela decisão de Mendanha de afastar os maguitistas está presente pelos corredores da Cidadania Administrativa. “Será que Mendanha teria sido vitorioso em duas eleições sem o apoio de Maguito?”, indagou um ex-vereador do MDB aparecidense. “Mendanha é ingrato, desleal, traidor”, dispara outro emedebista histórico da cidade.

No primeiro mandato de Gustavo Mendanha (2016-2020) como prefeito de Aparecida, Mendanha não teve a “ousadia” de retaliar o seu antecessor e manteve alguns auxiliares ligados a Maguito, como Jório Rios, Afonso Boaventura, Valdemir Souto, Marinho Rezende, Geoliano Lima, Rodrigo Caldas, Raul Coutinho e Mário Vilela, dentre outros também em escalões inferiores.

Virada a página da reeleição, com o 2º mandato de prefeito assegurado, o prefeito passou a agir com “arrogância e soberba”, excluindo companheiros ligados a Maguito Vilela que contribuíram com as suas vitórias nas urnas, em Aparecida. Agora, só falta a Mendanha retirar o quadro de Maguito que adorna o seu gabinete, na Cidade Administrativa. Já há notícias de que Flávia Teles, viúva de Maguito, espera que o prefeito não faça mais referência ao ex-prefeito em seus discursos e retire o quadro da parede.

Ingratidão começou a ser mostrada já a partir da posse no 2º mandato

Gustavo Mendanha demonstrou sua “ingratidão” a Maguito Vilela a partir da posse no cargo de prefeito de Aparecida de Goiânia, em 1º de janeiro deste ano, quando iniciou pré-campanha ao governo de Goiás sem consultar Daniel Vilela, presidente estadual do MDB e filho de Maguito, na época nome natural como postulante do partido à candidatura majoritária em 2022. Mendanha acionou a assessoria para agendar visitas de prefeitos, vereadores e lideranças municipais ao seu gabinete, na Cidade Administrativa, para “conhecer” os seus feitos em Aparecida.

O prefeito, obcecado pelo “desejo e pela ambição” de concorrer ao governo de Goiás, ignorou a vontade de 95% das bases municipalistas do MDB pela rejeição de candidatura própria e a favor de aliança com o DEM do governador Ronaldo Caiado. Mendanha desprezou até a amizade longeva que tinha com Daniel Vilela, responsável pela aprovação de seu nome, na convenção do MDB, em 2016, como candidato à prefeitura. “Meu irmão Daniel”, como dizia Mendanha, virou seu desafeto político, por sua iniciativa.

Mas, a partir de agora, Daniel Vilela, acompanhado pelos maguitistas históricos e leais, vai percorrer os 535 bairros de Aparecida de Goiânia para explicar as razões da saída de Mendanha do MDB e também a verdadeira realidade sobre a gestão municipal do ex-emed

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