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Mendanha atrai apenas quem teve interesses contrariados por Caiado

Nome do prefeito de Aparecida não é suficiente para conquistar apoio

Não há, entre os poucos apoiadores que o prefeito Gustavo Mendanha conseguiu juntar até hoje para a sua pré-candidatura ao Palácio das Esmeraldas, ninguém que tenha se posicionado em razão das possíveis qualidades oferecidas pelo seu nome – se é que as há.

As parcas lideranças políticas de nível estadual que se manifestaram a favor de Mendanha são motivadas por interesses contrariados dentro do governo do Estado. A deputada Magda Mofatto é um exemplo: ela tentou arrancar do governador Ronaldo Caiado a nomeação de um apadrinhado para a Agetur – Agência Goiana de Turismo. Caiado recusou e ela, por vingança, passou a apoiar o prefeito de Aparecida.

Outro caso é o do deputado Paulo Cezar Martins, cujo candidato à prefeitura de Quirinópolis, Gilmar Alves, foi massacrado nas urnas, em 2020, pelo atual prefeito Anderson de Paula. Caiado não interferiu na eleição, mas, à procura de um responsável pela derrota, Gilmar e Paulo Cézar culparam o atual governador.

A vingança dos dois também foi declarar apoio a Mendanha. Neste fim de semana, eles estão até promovendo um encontro em Quirinópolis, batizado por Mendanha de “grande reunião da oposição”, na verdade uma oportunidade para o coro de insatisfeitos com o governo se manifestar. Entre esses, mais dois deputados estaduais, Delegado Humberto Teófilo e Cláudio Meirelles, que apoiaram Caiado no início do mandato, mas divergiram depois que o governador rejeitou pressões e exonerou parentes que ambos tinham nomeado no Estado.

Pela sua liderança ou em razão de suas características, Mendanha nunca atraiu ninguém para a sua base. Até mesmo em Aparecida, onde a unanimidade da classe política está sob o seu comando, isso se dá em função da farta distribuição de cargos comissionados aos presidentes de partidos, aos 25 vereadores e a toda e qualquer liderança que tenha um mínimo de expressão.

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