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Morte de macacos na capital acende o alerta para a febre amarela

Mais de dez macacos foram encontrados mortos por febre amarela recentemente em bairros de Goiânia. Esse fato acende o alerta para o tipo urbano dessa doença, já que os primatas são tão vítimas da febre amarela quanto os humanos. Portanto, eles são o termômetro do problema e sinalizam que a doença está mais perto de nós do que se pode imaginar.

O alerta é da gerente de Imunização da Rede Municipal de Saúde de Goiânia, Polyana Braga. Ela concedeu entrevista, via Skype, no TBC2, edição desta segunda-feira, 22/02. E alertou para a importância de se vacinar contra a febre amarela. Lembrou tratar-se de uma doença transmitida pela picada do mosquito Aedes aegypti e que pode levar à morte.

Possível surto

“O macaco só nos sinaliza que está tendo a circulação do vírus, eles estão morrendo por febre amarela. E a qualquer momento pode acometer os humanos suscetível, que não esteja vacinado, e isso virar um surto e acometer outras pessoas não vacinadas”, afirmou.

No caso da pessoa encontrar um macaco morto, ela orientou a comunicar imediatamente ao Centro de Zoonoses da Secretaria Municipal de Saúde. Será feito o recolhimento do corpo desse animal para averiguar o que levou à morte. Caso seja detectado que foi pelo vírus da febre amarela, é realizado todo um bloqueio, com ações de vigilância epidemiológica em relação ao controle do mosquito transmissor, assim como o bloqueio vacinal, informou.

Vacinação

A gerente lembrou que a vacina da febre amarela é preconizada pelo Ministério da Saúde há alguns anos. Recomendou a averiguar no cartão de vacinação se já recebeu esse imunizante ou não. Conforme ela, antigamente era exigido o reforço da vacina a cada dez anos. Hoje, para os adultos, a dose é única. Ressaltou que a primeira dose deve ser feita aos nove meses. E após, aos quatro anos, um reforço. Para crianças acima de cinco anos e adultos até 59 anos de idade, a dose é única na vida, citou.

O último caso de morte por febre amarela na capital ocorreu em 2016, o que demonstra que e as ações de imunização foram extremamente importantes no controle dessa doença, disse. Por isso, a importância de se estar em dia com vacinação. “Nossa preocupação maior, inclusive, é com crianças menores de um ano (de idade). Tendo em vista que a cobertura vacinal está abaixo do preconizado (nessa faixa etária), significa que existem crianças suscetíveis”, destacou.

Fonte: ABC Digital

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