Aparecida

Nem 14% dos aparecidenses completaram o ciclo de imunização contra a Covid-19

Apesar das recentes estratégias de marketing da Prefeitura de Aparecida de Goiânia em promover a suposta aceleração da vacinação, o município segue em ritmo lento no processo. Levantamento do Diário de Aparecida, baseado nos dados do Painel da Covid-19 do dia 20 de julho, mostra que 13,54% dos aparecidenses receberam as duas doses ou a dose única da vacina contra o novo coronavírus. Foram 79.915 vacinas aplicadas. Já a primeira dose dos imunizantes alcançou 34,54% dos aparecidenses, com 203.881 doses aplicadas. A reportagem utilizou as informações do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), cuja estimativa populacional de Aparecida para 2020 foi de 590.146 habitantes. Até agora, o município aplicou, no total, 283.796 doses.

Os municípios goianos mais populosos do Estado apresentam cenários diferentes no que se refere à proporção de vacinas já aplicadas como segunda dose, tendo como base cruzamentos de dados desta sexta-feira, 23, das respectivas secretarias municipais de Saúde. Goiânia, cidade mais populosa, com 277.145 pessoas que receberam a segunda dose ou a dose única, o que corresponde a 18,04%% dos goianienses, lidera o ranking da vacinação entre as três cidades com mais habitantes de Goiás. Anápolis, terceira maior cidade em população, ocupa a vice-liderança do ranking estadual com 14,78% dos anapolinos imunizados com a segunda dose ou a dose única, o que corresponde a 57.916 pessoas.

Levantamento de quinta-feira, 22, realizado pela Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) apurou que, referente à primeira dose da vacina contra a Covid-19, foram aplicadas 2.803.483 doses em todo o Estado, o que corresponde a 39,82%. Em relação à segunda dose ou a dose única, estão imunizados 14,22% dos goianos, ou seja, 1.012.180 pessoas. Em relação às vacinas, o Estado de Goiás já recebeu 4.850.890 doses de imunizantes, sendo 1.600.180 da CoronaVac, 2.508.620 da AstraZeneca, 593.190 da Pfizer e 148.900 da Janssen.

Em todo o Brasil, 36.533.170 pessoas já estão completamente imunizadas, o que representa 17,25% da população do país. Já a primeira dose da vacina contra a Covid-19 foi aplicada em 93.225.911 pessoas em todos os estados e no Distrito Federal, o que representa 44,03% da população brasileira. No total, 129.759.081 doses foram aplicadas em todo o país. De quarta-feira, 21, para quinta-feira, 22, a primeira dose foi aplicada em 1.136.590 pessoas, a segunda dose em 855.500 e a dose única em 58.039, com um total de 2.050.129 doses aplicadas neste intervalo. Os estados com maior porcentagem da população imunizada (com segunda dose ou dose única) são o Mato Grosso do Sul (30,39%) e Rio Grande do Sul (23,95%). Já entre aqueles que mais aplicaram a primeira dose estão São Paulo (53,14%) e o Rio Grande do Sul (51,02%).

Alerta
A maioria das vacinas utilizadas contra a Covid-19 usa duas doses para a imunização. CoronaVac, AstraZeneca e Pfizer, vacinas que fazem parte do Programa Nacional de Imunizações (PNI), precisam das duas doses, em intervalos diferentes, para que o esquema vacinal seja completo. A única exceção, até o momento, é o imunizante desenvolvido pela Johnson&Johnson, que utiliza apenas uma dose.

Os estudos das vacinas foram feitos com a imunização em duas doses. Ou seja, a eficácia prometida pelas empresas foi determinada a partir dos testes com duas aplicações. Além de aumentar a proteção, a segunda dose ajuda a prolongar essa proteção. “A primeira dose vai provocar um estímulo da resposta do nosso sistema imune. Quando você toma a primeira dose, ela já provoca que o nosso sistema de defesa comece a produzir os anticorpos. Mas uma dose não é suficiente, vamos precisar de um reforço. Esse reforço fará com que a produção de anticorpos seja melhor ainda e nos deixe imune por mais tempo. A eficácia da vacina se torna maior, melhor e mais duradoura com a segunda dose”, explica o infectologista Gustavo Magalhães ao G1.

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