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OPERAÇÃO VOUCHER: PC PRENDE 106 PESSOAS COM MANDADO DE PRISÃO EM ABERTO QUE SACARAM AUXÍLIO EMERGENCIAL DO GOVERNO

Homicídio, roubo, furto e tráfico de drogas estão entre os crimes cometidos pelos presos. Investigações continuam

Da Redação

A Polícia Civil de Goiás (PCGO) desencadeou, nesta semana, a Operação Voucher, que mobilizou todas as delegacias regionais do Estado a prender 106 pessoas que estavam com mandados de prisão em aberto por diversos crimes e que receberam o auxílio emergencial do Governo Federal concedido no período de enfrentamento à pandemia do Covid-19. Entre os mandados cumpridos, 33 pessoas já estavam presas.

De acordo com as autoridades, as prisões foram cumpridas após compartilhamento de informações por parte da Controladoria-Geral da União (CGU) com a Polícia Civil. A CGU disponibilizou uma relação contendo o nome de 1102 indivíduos que teriam recebido o auxílio financeiro. Destes, ao menos 950 possuíam mandado de prisão em aberto.

Durante coletiva realizada na manhã desta sexta-feira (22), na Escola Superior da Polícia Civil, para tratar do assunto, estiveram presentes o Delegado-Geral da PCGO, Odair José Soares, e o secretário de Segurança Pública, Rodney Miranda.

Segundo o delegado Odair, a obtenção de forma indevida do auxílio traz indignação pra sociedade, mas que esta é só a primeira das várias etapas da operação. Disse, ainda, que a Polícia irá lutar para que esse dinheiro não seja usado para o crime.

O chefe da pasta de Segurança de Goiás, Rodney Miranda, reiterou que, dos indivíduos que se beneficiaram do auxílio, muitos adulteraram dados, mas outros não, o que revela uma “falha grave no sistema”. “Estas pessoas estão ou presas, foragidas ou em regime aberto, então não há qualquer justificativa para que retirem o dinheiro”, disse, garantindo que a ação continua e que a polícia vai investigar a fundo sobre os criminosos que teriam se beneficiado do auxílio.

Auxílio emergencial

O Auxílio Emergencial é um benefício financeiro concedido pelo Governo Federal destinado aos trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, e tem por objetivo fornecer proteção emergencial no período de enfrentamento à crise causada pela pandemia do Coronavírus – COVID 19. O Ministério da Cidadania também afirmou que cadastros feitos com CPF de detentos como requerente não serão aprovados, pois “não se encaixam no critério de trabalhador”. Por parte dos familiares, não receberá quem é beneficiário de outros programas sociais, como auxílio reclusão.

Crime Federal

A Operação Voucher contou com a participação de 300 policiais civis e 80 viaturas. Porém, apesar da força tarefa, a PCGO irá repassar as informações apuradas para a Polícia Federal por se tratar de crime federal. O mandados de prisão foram cumpridos após apontamento feito pela CGU. O nome da operação é uma alusão ao programa do Governo Federal de auxílio emergencial conhecido como “Coronavoucher”.

Já os presos, após cumprimento dos mandados, foram ouvidos em Termos de Declaração. As declarações prestadas pelos detidos serão encaminhadas à Polícia Federal para a tomada das providências legais cabíveis. Além disso, se comprovados os golpes, os suspeitos serão autuados por cometerem os crimes de falsidade ideológica e estelionato (penas de reclusão de 1 a 5 anos).

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