“Para Aparecida crescer, a gestão municipal precisa fazer muito mais”

O empresário Edson Aires, dono das lojas Moto Aires, em entrevista ao Diário de Aparecida, disse que o município saiu da condição de um dos 100 maiores PIB’s do Brasil para um dos que mais sofreram com a pandemia. Segundo ele, é notória a queda da arrecadação municipal e a desaceleração do consumo e da oferta de emprego, somados aos prejuízos causados pelos numerosos decretos de abertura e fechamento das atividades comerciais.
“É preciso um tempo para a retomada do crescimento da economia. Depois de estabelecer o equilíbrio, será o momento de investir em qualificação de serviços como energia elétrica em potencial, internet e telefonia funcional, saneamento adequado, órgãos do meio ambiente afinados com a industrialização, entre outras extremamente necessárias em todas as extremidades da cidade”, posicionou-se.
“Já que a pandemia dá sinais de que vai durar muito tempo, a gestão municipal deveria investir em infraestruturas de toda ordem para o futuro. Eu, como economista, tenho o hábito de ver a cidade 50 anos para frente. Aparecida tem capacidade para abrigar 5 milhões de habitantes com boa qualidade de vida. Cheguei em Aparecida há 22 anos, mas o que fizeram ainda é pouco, precisam fazer mais, se quiserem crescer rapidamente”, projetou o empresário.
Nas considerações de Edson Aires, para atrair empresas é primordial infraestrutura moderna e de qualidade. Para ele, a expectativa dos empresários é de que complexos como os Distritos Industriais tenham pavimentação de qualidade, energia elétrica suficiente para os equipamentos funcionarem sem problema, e evitar a escassez dos serviços. E que tenha segurança na área interna, iluminação pública eficiente, abastecimento de água, limpeza urbana, tratamento de esgoto, regularização das propriedades, entre outros.
Aires define Aparecida como um amplo centro distribuidor, com a vantagem de ser limítrofe de uma Capital que possui hotéis e aeroportos e importantes infraestruturas. Ele disse que o município tem chances de crescimento que cidades como Anápolis e Uberlândia não tiveram, mas que mesmo assim hoje são municípios industriais e distribuidoras de grandes atacadistas.