Esporte

Para estancar crise do apito, CBF leva árbitros para treinar no campo

95 integrantes do quadro da entidade trabalham no Rio sob orientações do presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Seneme

O Campeonato Brasileiro de 2022 tem sido marcado por erros, mesmo com a presença do Var. Foto: Reprodução/Internet

A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) aproveitou uma semana sem jogos por competições nacionais – só há partidas pela Libertadores e pela Sul-Americana – para fazer o que os árbitros mais pedem: “treiná-los em campo”. A confederação usou as instalações de um clube da Aeronáutica no Rio de Janeiro para treinar na prática 95 integrantes de seu quadro, entre árbitros, auxiliares e árbitros de vídeo.

 

A atividade iniciada ontem, 2,  faz parte de uma semana de intertemporada, planejada para responder à crise pela qual passa a arbitragem no futebol brasileiro.

 

“Treinar com jogadores, com lances reais, é o melhor que pode nos acontecer. Porque você mentaliza os lances, fica muito mais preparado na hora do jogo, quando é para valer”,  disse Ramon Abatti, 32 anos, do quadro da CBF há cinco.

 

As atividades envolveram jogos para valer, com marcações de pênaltis, expulsões – e não simulações de lances. Os árbitros e auxiliares eram trocados após alguns minutos em ação.

 

A estrutura de VAR também foi montada, com uma cabine na beira do campo para consulta do árbitro e um contêiner em que ficavam os árbitros de vídeo.

 

A atividade foi acompanhada de perto – na maior parte do tempo de dentro do campo – pelo presidente da Comissão de Arbitragem, Wilson Seneme, que interrompia os lances para orientar os árbitros, às vezes de forma enérgica.

 

Além da atividade no campo, houve treinamentos específicos sobre o VAR e palestras com instrutores da CBF.

 

Na semana passada, a entidade chamou os presidentes dos 40 clubes das Séries A e B para conversarem pessoalmente com Seneme e a Comissão de Arbitragem. O Campeonato Brasileiro de 2022 tem sido marcado por falhas de arbitragem, algo reconhecido pelo próprio Seneme e pelo presidente da CBF, Ednaldo Rodrigues.

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