Política

Partido da Igreja Universal é a única peça sem definição no xadrez eleitoral em Goiás

Legenda é a última esperança do ex-prefeito Gustavo Mendanha para conseguir acesso ao fundo partidário e ao horário de propaganda gratuita

Deputado João Campos

Da Redação

Última e desesperada esperança do ex-prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha (Patriota) para dar corpo à sua candidatura ao governo do Estado, o Republicanos é o único grande partido ainda não definido quanto à posição que adotará nas eleições de outubro próximo em Goiás.

Embora com a tendência majoritária entre os membros de apoio à reeleição do governador Ronaldo Caiado, a legenda não formalizou uma decisão e avalia também a hipótese de ser aliar com Mendanha – situação que é defendida pelo seu presidente estadual, o deputado federal João Campos, que deseja se candidatar ao Senado e acredita que teria mais chances ao lado do ex-prefeito aparecidense.

No entanto, forças poderosas dentro do Republicanos goiano preferem levar a sigla para a coligação liderada pelo União Brasil, que postula a reeleição de Caiado. É o caso do prefeito de Goiânia Rogério Cruz, maior liderança da agremiação, e do deputado estadual Jeferson Rodrigues, que, na próxima eleição, vai postular mandato de deputado federal.

Criado o impasse entre João Campos e Rogério Cruz/Jeferson Rodrigues, a resolução final do Republicanos entrou em cadência de espera e só deverá acontecer a partir de 20 de julho, quando se inicia o prazo para a realização das convenções partidárias – que irá até o dia 5 de agosto.

Caiado já assegurou o respaldo de todos os grandes partidos em funcionamento em Goiás, exceto os de esquerda e o Republicanos. Caso consiga conquistar a sigla, Mendanha consegue acesso ao fundo partidário e ao horário gratuito na propaganda eleitoral pelo rádio e televisão, que os partidos nanicos que o apoiam, até agora, não asseguram a ele.

A menos que aconteça um milagre ou ocorram circunstâncias imprevisíveis, nenhum candidato majoritário tem chances sem dispor de uma fatia do tempo de rádio e televisão. Ora, alguém dirá, Jair Bolsonaro conseguiu se eleger presidente da República contando com apenas 7 segundos de propaganda gratuita.

Verdade. Mas… houve a facada e isso deu a ele muito mais visibilidade do que todo o horário gratuito, caso o tivesse. Rogério Cruz, pelo sim, pelo não, já antecipou sua posição pessoal e foi até o governador para anunciar engajamento na sua reeleição. Jeferson Rodrigues fez o mesmo. João Campos, mesmo sendo ostensiva a sua vontade de se juntar a Mendanha, não assume esse comportamento e segue dizendo que todas as correntes do Republicanos em Goiás devem ser ouvidas antes de um desfecho.

Caiado, de seu lado, tem se mantido próximo da cúpula nacional do Republicanos, mantendo constantes encontros com o presidente Marcos Pereira – com o qual tem canal aberto de diálogo. Ao mesmo, intensificou a parceria administrativa com o prefeito Rogério Cruz, que tem interesse em consolidar a sua gestão em Goiânia para disputar com possibilidades de sucesso a reeleição em 2024.

Graças a esse bom relacionamento – inclusive com João Campos – o governador conseguiu impedir a filiação de Mendanha ao partido, obrigando o ex-prefeito a recorrer ao nanico Patriotas  para salvar a sua candidatura ao governo, às custas de uma demonstração pública e perniciosa de fraqueza política e eleitoral.

 

VOTAÇÃO EM APARECIDA DEPUTADO FEDERAL -2018

João Campos não tem identidade com Aparecida, base eleitoral do ex-prefeito Gustavo Mendanha. Figurando na chapa de Mendanha como candidato ao Senado, ele imagina que poderia receber uma boa votação no município e passar a ter chances na corrida senatorial. Veja o desempenho de João Campos, como candidato a deputado federal, na eleição de 2018.

 

Prof. Alcides (PP) – 32.975

Delegado Waldir (PSL) – 25.690

Zacharias Calil (DEM) – 20.282

João Campos (PRB) – 9.914

Glaustin Fokus (PSC) – 9.304

Elias Vaz (PSB) – 0.067

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