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Plano do Governo de Goiás vai garantir regularidade na oferta de água em Anápolis

Saneago segue cronogramas de curto e longo prazos para dar segurança aos anapolinos quanto ao fornecimento de água tratada e sistema de esgotamento de esgoto sanitário. Uma das metas é construir uma barragem

A falha no fornecimento de água, que há anos incomoda os moradores de Anápolis, está ficando no passado. Isso graças a um cronograma de obras que o Governo de Goiás, por meio da Saneago, vem executando desde 2019. Ele é baseado em três eixos estratégicos: ação imediata, prevenção e planejamento. “As pessoas já estão vendo que conosco é diferente, o resultado chega mesmo. Isso gera melhoria na qualidade de vida das pessoas”, frisou o governador Ronaldo Caiado.

Apesar de possuir um sistema universalizado, o que faz a água chegar a toda a população de Anápolis, a lacuna está na regularidade da oferta. A cidade abriga algumas nascentes, mas não tem nas proximidades nenhum rio de grande porte, o que dificulta o atendimento à demanda dos quase 400 mil moradores. Para piorar, várias são as melhorias anunciadas pelas gestões anteriores, mas que nunca saíram do papel. Sob a gestão de Caiado, a Saneago passou a se preocupar com o que poderia de fato resolver o problema, abrindo canteiro de obras em vários pontos da cidade.

Dentro das ações imediatas, a Saneago já perfurou 27 poços profundos no município, dos quais 17 foram selecionados e atingiram vazão total de 116 litros de água por segundo. Em outras palavras, essa obra aumentou a capacidade de produção local e será crucial para que a população enfrente o período de estiagem com segurança. Também já foram implantados mais de 30 quilômetros de tubulação, como parte da rede de interligação de poços e adutoras.

Essa rede de interligações deve entrar em operação em agosto, após a instalação de bombas, energização e cercamento das áreas. Trata-se de toda uma engenharia necessária à chamada “manobra de rede”, que é o ato de levar a água de um local com maior abundância para outro reservatório, com o objetivo de manter a regularidade na oferta em todas as regiões da cidade

Além de todo esse trabalho de infraestrutura, a Saneago executa, de forma rotineira, serviços para reduzir a perda de água na distribuição, com a descoberta e a correção de vazamentos ocultos.

Prevenção

O Estado já entrou no período do ano em que as chuvas dão espaço à seca. Diante disso, na semana passada, o Governo de Goiás publicou o decreto nº 9.670/2020, que declara situação de risco de emergência hídrica por 210 dias nas bacias hidrográficas do Ribeirão Piancó, que abastece Anápolis, e Alto Rio Meia Ponte. O documento tem caráter preventivo já que, ao definir ações para garantir o uso prioritário da água, pretende evitar qualquer tipo de racionamento no abastecimento da região metropolitana de Goiânia e Anápolis.

Paralelo a isso, a empresa está promovendo ações focadas no período de estiagem. Em 2019, a partir da interligação dos sistemas de captação dos rios Piancó e Capivari (manancial próximo à cidade de Pirenópolis), a Saneago garantiu que não houvesse desabastecimento na região norte de Anápolis, historicamente prejudicada pela falta de água. Este ano, está sendo promovida a integração dos sistemas Piancó e do Distrito Agroindustrial de Anápolis (Daia), viabilizando o abastecimento para a região Sul também por meio do Piancó.

Na cidade, a Saneago ainda trabalha com as implantações de dois centros de reservação, com capacidade de mil metros cúbicos cada; de uma adutora de água tratada, com diâmetro de 300 milímetros a partir do reservatório Vila dos Oficiais; e de uma estação de tratamento de água compacta com capacidade de produção de 150 litros por segundo. Esta última obra em fase de licitação.

R$ 598 milhões em obras e investimentos em proteção ambiental

Os anapolinos tiveram uma garantia a mais de que os problemas com água tratada e esgoto serão resolvidos: a renovação do contrato entre a Saneago e a Prefeitura de Anápolis. Aqui entram as ações de longo prazo. Celebrado em fevereiro, o novo acordo tem vigência de 30 anos e a previsão de investimento girando em torno de R$ 598,7 milhões. Pelo menos 85% do montante deve ser aplicado já na primeira década.

Presidente da Empresa, Ricardo Soavinski disse, durante uma live que participou com o governador no final do mês de maio, que essa parceria dará estabilidade para planejamento, execução e conclusão de grandes obras. “Já temos várias obras pequenas de água e de esgoto [em andamento]. Mas a previsão é de investimentos grandes, inclusive com a construção de uma barragem”, projetou. Atualmente a Saneago realiza estudos para definir o local adequado para receber a estrutura.

Sobre as obras em andamento, Soavinski referiu-se a algumas frentes de serviço que foram abandonadas pela gestão passada. Na área de esgoto, Caiado autorizou, ainda em 2019, a retomada e conclusão de três. Uma delas é a ampliação da Estação de Tratamento de Esgoto da cidade, orçada em R$ 10,9 milhões. O serviço foi contratado em 2015 e só andou 3,31% até 2018. Do ano passado para cá, o canteiro de obras voltou a funcionar e ela já está 46,84% concluída.

As obras de ampliação dos sistemas de esgotamento sanitário da Bacia Felizardos e da Bacia Góis apresentam cenário semelhante. Ambas tiveram ordem de serviço assinada em 2015, mas nunca foram concluídas. Orçada em R$ 17,5 milhões, a obra da Bacia Felizardos atualmente tem 72,96% de execução, enquanto a Bacia Góis, com investimento de R$ 23,3 milhões, já caminhou 76,18%. Juntos, os empreendimentos ganharão 275 quilômetros de extensão, com 17.292 novas ligações.

A partir da renovação com a Saneago para a exploração dos sistemas de abastecimento de água e esgotamento sanitário na cidade, a Prefeitura de Anápolis recebe um repasse mensal, que é destinado ao Fundo Municipal de Meio Ambiente e Saneamento. Na assinatura do contrato em fevereiro último, o prefeito Roberto Naves garantiu que parte do Fundo irá para ações de preservação do Rio Piancó.

“Acreditamos numa nova Saneago liderada pelo governador Ronaldo Caiado e este é, sem dúvidas, o melhor caminho para a solução definitiva do problema de água em Anápolis”, ressalta o prefeito. A perspectiva é de que esse tipo de gestão trará resolutividade para os próximos 50 anos.

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