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Política leva Mendanha a abandonar prefeitura pelos próximos seis meses

Jornal da capital afirma que, “se alguém quiser se esconder do prefeito, basta ir para Aparecida” e acrescenta: “Ele entregou a gestão aos seus auxiliares”

Da Redação Impressa

Daqui até o início de abril, data final para a desincompatibilização dos ocupantes de cargos públicos que desejam disputar as eleições de 2022, a prefeitura da Aparecida estará entregue à gestão de cinco secretários municipais – já que o prefeito Gustavo Mendanha estará dedicado, em tempo integral, às articulações envolvendo a sua pré-candidatura ao governo do Estado, nas quais ele já mergulhou de corpo e alma.

Se já havia abandonado parcialmente as atividades administrativas sob sua responsabilidade em Aparecida, Mendanha deve se afastar ainda mais a partir de agora. Não só para viagens a outros municípios, como também destinando o expediente que dá em seu gabinete na Cidade Administrativa a receber políticos e conversas sobre o pleito do ano que vem.

Será, portanto, um colegiado que vai administrar Aparecida, nesses seis meses, formado por secretários municipais que estão do núcleo decisório de Mendanha, entre eles André Rosa, titular da Secretaria da Fazenda; Fábio Passaglia, secretário de Governo; Tatá Teixeira, secretário de Articulação Política; Davi Mendanha, secretário de Segurança Institucional; e Fábio Camargo, procurador-geral, desempenham hoje o papel que caberia ao prefeito e tomam as decisões inerentes ao dia a dia administrativo do município.

Max Menezes, apesar de ocupar a Secretaria de Infraestrutura, a mais operacional de todas, não integra o centro de poder em Aparecida, onde se decide sobre dinheiro e negócios públicos. Além disso, ele deverá deixar a prefeitura a qualquer momento: é 1º suplente da bancada do MDB na Assembleia Legislativa e assumirá com a renúncia de Humberto Aidar, já confirmado como próximo conselheiro do Tribunal de Contas dos Municípios na vaga aberta pelo ex-deputado Nilo Resende.

Na entrevista que deu nesta semana ao programa do apresentador Jackson Abrão, postada em vídeo no portal de O Popular, Mendanha disse que não tem o menor problema em se afastar da prefeitura, inclusive, se for o caso, renunciando ao mandato no início de abril do ano que vem para arriscar uma candidatura a governador.

Enquanto os problemas se acumulam pela cidade, Mendanha cuida de política 24 horas por dia e já enfrenta desgastes em razão dessa opção: no 1º mandato, não cumpriu a maioria das promessas que fez na campanha, enquanto, no 2º, o balanço é pior, ou seja, em quase 10 meses após a posse, não cumpriu ou sequer começou a cumprir qualquer das promessas, como o Diário de Aparecida tem mostrado em reportagens sucessivas.

Em tom de blague, o Jornal Opção já registrou que, “se alguém quiser se esconder de Gustavo Mendanha, basta ir para Aparecida”. Segundo o jornal, o Jornal Opção, “eleitores aparecidenses já comentam que o prefeito está se ausentando de seu município, deixando-o aos cuidados de secretários, e fazendo mais política do que administração. A população aparecidense não aprova o fato de que, se for candidato em 2022, o prefeito vai cumprir apenas um ano e três meses de mandato. A maioria dos eleitores quer que termine o mandato.”

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