Aparecida

Prefeito perde tempo até com Ibaneis, governador do DF que vai sair do MDB

Em vez de priorizar o enfrentamento à Covid-19, depois do retorno de Aparecida à situação de risco elevado, o prefeito Gustavo Mendanha não para nas suas andanças para discutir as eleições de 2022: foi a Brasília, esta semana, para conversar com o governador do Distrito Federal, Ibaneis Rocha, do MDB, sobre o processo eleitoral do partido nos municípios goianos do Entorno do DF.
Pelo menos foi o que ele plantou na coluna Giro, de O Popular. Mas, nas suas redes sociais, onde posta tudo da sua vida particular e da sua movimentação política e administrativa, ele não mencionou a reunião com Ibaneis. O governador de Brasília é conhecido pela sua indisposição com a perda de tempo com assuntos de menor importância.
Questionado por jornalistas sobre o que tratou com o governador do Distrito Federal, Gustavo Mendanha disse que discutiu com Ibaneis Rocha a instalação de uma fábrica de carros elétricos em Aparecida. A ação parece mais uma manobra de marketing, já que o empresário Sérgio Habib, que representa a JAC Motors no País, foi desautorizado pela matriz chinesa: segundo o jornal O Estado de S. Paulo, não há projeto algum para a fabricação de carros elétricos da marca no Brasil.
Conforme O Estadão, “a JAC Motors negou qualquer possibilidade de construir uma fábrica de carros elétricos em Goiás. Segundo a chinesa, o volume de vendas desses veículos hoje no Brasil é insuficiente para viabilizar a produção local”.
Ibaneis teria feito uma revelação que frustrou Gustavo Mendanha, se é que o encontro foi real: está deixando o MDB a qualquer momento para acompanhar o presidente Jair Bolsonaro em nova legenda. Bolsonaro, perdido como sempre, conversa com vários partidos, entre eles o PRTB, Patriota, PSL, Republicanos, Avante e PL.
Mendanha desagrada até o aliado Daniel Vilela em sua antecipação do debate sobre o pleito do ano que vem e ainda sobre sua pretensão de deixar a Prefeitura de Aparecida para se aventurar em uma candidatura majoritária. O prefeito finge não saber que Daniel tem preferência caso se decida por uma composição com o governador Ronaldo Caiado, indicando o vice ou o postulante a senador na chapa da reeleição, ou mesmo se arriscando com uma candidatura própria em 2022.
Vereadores aparecidenses têm alertado Gustavo Mendanha de que é cedo para “botar a cabeça de fora” quando o debate sobre as eleições deveria começar apenas em abril do ano que vem – data que vai vigorar a “janela partidária”. Antecipar as discussões sobre as eleições do ano que vem, segundo emedebistas, é “queimar filme” e provocar desgastes desnecessários. Pior: pega mal abrir a agenda eleitoral em plena pandemia da Covid-19.
Picado pela mosca azul e sonhando voar mais alto, o prefeito de Aparecida já sofre fortes críticas por deixar de lado as ações afirmativas na área de Saúde, exigidas pelo momento de gravidade sanitária vivido no município – que voltou ao cenário de calamidade sanitária. (H.L.)

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