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Produção de arroz deve crescer 8,1% em Goiás

Boletim técnico mostra que a rizicultura goiana deve atingir 88,2 mil toneladas no ciclo atual

Em 10º colocado no ranking nacional de maiores produtores de arroz, Goiás deve registrar crescimento de 8,1% em área cultivada do cereal na Safra 2023/2024 e alcançar 88,2 mil toneladas no ciclo atual. Os dados são da Seapa (Secretaria da Agricultura, Pecuária e Abastecimento do Estado de Goiás). Quanto à área cultivada, a rizicultura goiana deve chegar a 16 mil hectares, nesta safra – um crescimento de 9,6%.

Em contrapartida, o impacto do El Niño deve ser percebido mais claramente na produtividade. A estimativa oficial é que o rendimento médio por hectare recue para 5,5 toneladas (-1,4%). Para que a produção alcance esses números, mesmo com a queda na produtividade, a AHL Agro, empresa que distribui insumos e produtos agrícolas em Goiás, promove no próximo dia 18, um Dia de Campo, em Hidrolândia, região central do estado, para conscientizar os produtores sobre a novas variedades de sementes do grão, rentabilidade do produto e o arroz como opção de rotação de cultura.

A cultura de arroz de terras altas concentra-se na região do Cerrado e, apesar de ocupar cerca de 64% da área cultivada, responde por apenas 39% da produção nacional, em razão da produtividade média mais baixa de 1,8 t/ha. O sistema irrigado, com inundação controlada, ocupa cerca de 34% da área cultivada com arroz e é responsável por aproximadamente 60% da produção nacional.

“O arroz de terras altas foi inicialmente cultivado no Cerrado em áreas de abertura, mas agora ele também entrou no sistema de rotação de culturas em áreas de pivô central, como mais uma alternativa de plantio, contribuindo com palhada para o solo, e com inúmeros benefícios para todo o sistema ”, explica a engenheira agrônoma da AHL Agro, Lara Queiroz.

Preços da saca

Ela afirma que, aliado às importantes melhorias na qualidade do produto, o arroz de terras altas teve uma espetacular recuperação dos seus preços, invertendo uma tendência de desaparecimento como cultura comercial e tornando-se uma importante e lucrativa opção agrícola na região de terras altas. Hoje, a saca do arroz é comercializada a R$ 155, um aumento de 1,14% em relação à safra anterior.

Por causa das cultivares de arroz, o potencial de produção tem aumentado. “As novas variedades podem ser plantadas em rotação com o feijão, milho, algodão e a soja”, completa a engenheira. Os principais atributos destas variedades para terras altas são maior produtividade, melhor arquitetura de planta e resistência a algumas doenças, que podem causar perdas na produção, destaca Lara.

 

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