Presença de Caiado no Entorno esvazia avanço da oposição na 2ª região mais populosa do Estado

O Entorno de Brasília, com seu eleitorado em torno de um milhão de cidadãs e cidadãos aptos a votar, está na mira dos políticos estaduais. Como nunca, as estratégias dos partidos e candidatos para a eleição do ano que vem passa pela região, onde, desde o início da sua gestão, o governador Ronaldo Caiado promove continuamente o lançamento e inauguração de obras. Essa é a grande pedra no caminho da oposição, empurrada para um beco sem saída no Entorno: Caiado triplicou os investimentos nos municípios ali situados, principalmente quanto à Saúde, Segurança e Infraestrutura.
O ex-governador Marconi Perillo, pelo PSDB, tem atuado na região, na tentativa de abrir espaço para garantir bases sustentáveis para a sua candidatura a deputado federal em 2022. Marconi e a ex-prefeita de Valparaíso e atual deputada Lêda Borges são o que restou dentre os tucanos que já atuaram no Entorno, depois que o ex-prefeito de Luziânia e deputado federal Célio Silveira, eleito pelo PSDB, anunciou a intenção de deixar o partido, tendo como projeto uma candidatura a vice – seja na chapa da reeleição de Caiado ou por uma frente de oposição que tenha o MDB e tenha viabilidade eleitoral.
Caso contrário, Célio Silveira vai mesmo tentar mais um mandato na Câmara Federal pelo seu novo partido, seja qual for. Ele quer distância do PSDB, depois de sentir na pele o peso dos desgastes acumulados pela legenda, não só em Goiás, com os sucessivos escândalos de corrupção nos governos de Marconi e José Eliton, como também em termos nacionais, em especial o envolvimento do candidato presidencial Aécio Neves no recebimento de propinas pagas pelo grupo JBS-Friboi.
Célio Silveira, por um lado, e a constante presença de Caiado no Entorno, por outro, complicam a vida de Marconi, que tem a intenção de se eleger basicamente com os votos dos 21 municípios próximos que sofrem a influência de Brasília. Pode não dar certo. A deputada estadual Lêda Borges, por enquanto, garante que disputará uma vaga na Câmara Federal, o que pode não acontecer, para que ela não prejudique a candidatura do ex-governador e líder do decadente PSDB.