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Presos dois empresários de Aparecida acusados de adulteração de medicamentos

Em caso de condenação, os suspeitos podem pegar mais de 15 anos de prisão. As empresas foram interditadas pelos órgãos sanitários

A Polícia Civil, por meio da 5ª Delegacia Distrital de Polícia (DDP), de Aparecida de Goiânia, prendeu em flagrante, na manhã desta segunda-feira (08), duas pessoas suspeitas de falsificar e revender cateteres para hospitais. Eles responderão por crime contra o consumidor e adulteração de medicamentos.

Em uma das sedes da empresa investigada havia cerca de 26 caixas do produto falsificado, totalizando 300 cateteres e dezenas de medicamentos. Segundo a polícia, a falsificação era grosseira, com embalagem diferente e qualidade muito inferior ao material original, vendido pela empresa gaúcha.

As investigações tiveram início na semana passada após denúncias de representante é de uma empresa situada no estado do Rio Grande do Sul. Segundo a denúncia, havia uma outra empresa, em Aparecida de Goiânia, vendendo cateteres falsificados com o nome da empresa gaúcha.

Após aquisição dos materiais alguns hospitais que se queixaram da baixa qualidade do produto e dos riscos causados a pacientes em estado grave. De acordo com as investigações muitas das seringas, inclusive, estavam tortas.

De acordo com a polícia, a baixa qualidade dos produtos acabou por influenciar o quadro clínico dos pacientes. A empresa gaúcha chegou a comprar dois cateteres da empresa de Aparecida de Goiânia, suspeita de falsificar o produto e fez ainda uma auditoria interna para comprovar que o material não era original.

Ação policial

Durante as ações os policiais abordaram as pessoas que trabalham na empresa e constataram que no local funcionava um grande depósito de medicação clandestina, com diversos remédios armazenados e sendo revendidos sem autorização dos órgãos sanitários e de regularização comercial.

A Polícia Civil acionou então a vigilância sanitária municipal e a Polícia Técnico-Científica. Os órgãos constataram que os cateteres armazenados e revendidos por essa empresa realmente eram falsos.

Segundo a investigação, uma empresa de Aparecida de Goiânia deixou de fabricar o produto em 2017 e o descartou no mesmo município. Foi então que as empresas investigadas resolveram falsificar os cateteres, usando, porém, a logomarca de uma empresa gaúcha de renome na área de produtos hospitalares, simulando que os produtos estavam dentro do prazo de validade, além de vendê-los a vários hospitais goianos.

Por Mayone de Melo

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