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PSDB, que vendeu a Celg, agora condena privatização da Celg GT

 O PSDB estadual divulgou nesta sexta, 12, uma nota condenando a privatização da Celg GT (GT de Geração & Transmissão), que já foi autorizada pelo BNDES e está sendo encaminhada pelo governo de Goiás como parte do ajuste fiscal e da busca pela estabilização financeira do Estado.

Com 700 palavras, a nota é assinada pelos ex-governadores Marconi Perillo e José Eliton, e aproveita para colocar também questões que não têm nada a ver com a Celg GT, como por exemplo uma análise sobre o endividamento do governo goiano e também uma manifestação de dor de cotovelo sobre a folha de pagamento do funcionalismo (que, hoje, recebe dentro do mês trabalhado).

As gestões de Marconi e Eliton, como se sabe, foram responsáveis primeiro pela abertura de um rombo na Celg, considerada até então uma das 150 maiores empresas brasileiras, e em seguida pela privatização da companhia – adquirida pela Enel por uma ninharia, diante da desvalorização dos seus ativos (não houve investimentos por duas décadas) e do seu endividamento.

Mesmo assim, os dois ex-governadores não tiveram a menor preocupação em atacar a venda da Celg GT, uma empresa estatal do governo de Goiás que escapou milagrosamente do desmonte aplicado pelas gestões tucanas e que levaram ao fim da Celg como patrimônio do povo goiano.

O único argumento contra a privatização, na nota dos tucanos, é que representaria uma espécie de “dilapidação do patrimônio público”, exatamente o que eles fizeram ao depreciar a Celg e a trocá-la por um ingresso de pouco mais de R$ 800 milhões no Tesouro Estadual, sem nenhum plano de aplicação. No final das contas, ninguém sabe que rumo esse dinheiro tomou – nem Marconi nem Eliton sabem explicar o que foi feito com esses recursos.

Fora isso, o texto distribuído pelos dois ex-governadores ainda transmite informações erradas ao dizer que o governador Ronaldo Caiado aumentou o endividamento do Estado. Não é verdade. Caiado nunca tomou um centavo de empréstimo para o seu governo. Ele, na verdade, foi beneficiado por decisões do Supremo Tribunal Federal e do próprio governo da União suspendendo o pagamento de parcelas da dívida, em parte gerar margem de manobra para combater a Covid, mas também como antecipação dos benefícios Goiás terá com a sua já autorizada, pelo STF, adesão ao Regime de Recuperação Fiscal – RRF.

Com isso, na maioria dos meses dos dois últimos anos, a dívida não foi abatida, o que não significa de forma alguma que o endividamento aumentou. Endividamento, aliás, em parcela significativa contraído pelas administrações tucanas, inclusive – o que é mais grave – para pagar débitos da Celg a fim de que a empresa fosse entregue aos seus novos donos sem passivo.

Da Redação

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