Notícias

Queijo cabacinha é declarado Patrimônio Cultural de Goiás

Uma das delícias da mesa dos apreciadores, o queijo nosso de cada dia foi declarado Patrimônio Cultural do Estado, por meio da Lei Estadual nº 20.963, de 13 de janeiro de 2021, sancionada pelo governador Ronaldo Caiado, com texto de autoria do deputado Delegado Eduardo Prado (DC).

Estamos falando do Queijo Cabacinha, que, apesar de ter origem italiana, é produzido tradicionalmente há 80 anos nos municípios de Santa Rita do Araguaia, Mineiros, Portelândia, Doverlândia e Perolândia, que ficam na região do Araguaia. Muito querido pela população, o nome diferenciado do queijo vem do seu formato, que, na preparação, é amarrado e pendurado para secar.

Na reivindicação do projeto, que foi apresentado à Assembleia Legislativa de Goiás (Alego), em 2019, Eduardo Prado justificou que a receita do queijo cabacinha já é uma tradição que foi passada de geração em geração e que sua declaração como Patrimônio Cultural de Goiás proporciona reconhecimento à região, garantindo proteção aos produtores rurais que detêm essa técnica de produção, além de impulsionar a economia local.

A partir da sanção da lei, o próximo passo para que esse bem seja inscrito nos livros de tombo do Estado é a abertura de um processo administrativo junto à Secretaria de Estado de Cultura (Secult), que pode ser solicitado pelos seus detentores. A partir daí, a Secult instrui o processo com pesquisas e levantamentos sobre o patrimônio, produz um dossiê e encaminha para apreciação do Conselho Estadual de Cultura. Após o parecer do conselho, o processo retorna à Secult. No caso de aprovação pelo conselho, é feito, então, o registro no livro de tombo correspondente.

Segundo a superintendente de Patrimônio Histórico, Cultural e Artístico da Secult, Tânia Mendonça, representantes do segmento gastronômico já fizeram um primeiro contato com a secretaria para saber sobre todos os trâmites do processo e poder dar andamento na documentação junto aos detentores da iguaria, para que o registro seja efetivado em breve.

Para a superintendente, “o registro como patrimônio é um instrumento importantíssimo para garantir a preservação do bem cultural. Assim como o queijo cabacinha, outras tantas genuínas manifestações dos saberes e fazeres dos goianos merecem e devem ser registrados”.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo