Esporte

Rafael Cruz, da Aparecidense, diz que não joga com ‘medo’ de contaminação e lamenta paralisação

Júnior Schumacher

Um dos jogadores mais experientes do elenco da Aparecidense, o lateral direito Rafael Cruz, 36 anos, deu sua opinião sobre a paralisação do futebol após o decreto do Governo Estadual que visa combater a pandemia do coronavírus. De casa, já que os jogadores estão de folga esperando uma definição, o jogador revelou que todos do elenco receberam uma programação para treinos remotos, e deu sua opinião sobre o período sem jogos.

“Cada um dentro da sua área. Aqui nós temos o controle dentro do clube, mas aconteceram algumas coisas no futebol brasileiro. Como o Lisca que foi para a torcida e aglomerou. Tivemos também comemorações de títulos, como fez a torcida do Flamengo… mas jogos e treinos, acho que devem continuar, sim”, disse Rafael Cruz, que confia no protocolo utilizado em jogos e treinos, por isso não tem medo de entrar em campo.

“Não jogo com medo, porque temos toda a proteção. O adversário sempre tá testado. Claro que não é 100%, mas sabemos que estamos seguindo tudo o que é possível de acompanhamento médico. Qualquer um que tem sintomas é afastado imediatamente e nem chega a contagiar os companheiros. Acho que temos uma segurança média, possível”, disse.

Para o lateral, a paralisação veio em um momento que os profissionais do futebol não esperavam, já que desde o ano passado, partidas aconteceram em todo o país, seguindo os protocolos. Aliás, Rafael ressaltou que o controle com os testes é “bem feito”.

“Na Série D, tivemos uma semana com três testes. Os nossos da Aparecidense, pela prefeitura e ainda os testes da CBF, o que deu um controle muito grande, com pouquíssimos casos de Covid no nosso elenco. Se não me engano, são três meses sem nenhum caso. Na Aparecidense, esse controle é bem feito, com muita segurança”.

Rafael Cruz também falou sobre a morte do diretor de futebol da Aparecidense, João Rodrigues “Cocá”, que não resistiu às complicações da Covid – 19. Para o lateral, não há certeza de que contraiu o vírus no ambiente do clube. “Pode ter acontecido em qualquer lugar. Pode vir numa sacolinha de supermercado. É bem difícil falar onde aconteceu. A perda foi muito triste, pois o Cocá era muito importante para a Aparecidense. Tivemos que seguir firme, com muita tristeza e ele faz muita falta”, finalizou.

Foto: Nicolle Mendes / Aparecidense

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