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Renda Família e IPTU Social:“Estava em uma situação financeira bem crítica”, diz Antônia de Sá

“Desde o início da pandemia as coisas não têm sido fáceis para mim e o meu neto que mora comigo já faz alguns anos. Já estava em uma situação financeira bem crítica e passando por bons bocados”, revela Antônia Magalhães de Sá, que mora no Jardins do Cerrado II, está desempregada desde março de 2020 e cuida de um neto, que é cadeirante e precisa de cuidados especiais. Ela, como muitos, tem sofrido na pele as consequências socioeconômicas da pandemia de Covid-19.

Dona Tonha, como é conhecida entre amigos e vizinhos, é conhecida na comunidade como uma pessoa de bom coração, que pensa primeiro no próximo. “Muitos dizem isso, mas de um tempo para cá quase não consegui sequer colocar comida na mesa e fiquei à base de doações de amigos”. Até para os remédios do neto ela precisou doapoio de parentes. “Minha filha também foi afetada pela pandemia e não tinha mais condição de cuidar do próprio filho”, conta.

Mas as coisas começaram a melhorar depois que a atual gestão conseguiu colocar em prática, logo de imediato, dois importantes programas que foram sugeridos à população em 2020: o IPTU Social e o Renda Família, ambos beneficiam famílias que foram afetadas de alguma forma pela pandemia, entre elas a vulnerabilidade social. “O IPTU de 2020 não tinha conseguido pagar e depois que acabou o auxílio emergencial do Governo Federal, nem para nossa alimentação nós tínhamos”, fala Antônia de Sá, ao comentar que sua geladeira ficou vazia por dias.

“Tudo começou a melhorar quando o boleto do IPTU de 2021 chegou informando que estava isento e um mês depois, recebo o cartão do Renda Família com um crédito no valor de R$ 300. Fiquei muito feliz e, sinceramente, espero que tudo isso passe para que eu consiga voltar a minha vida normal e trabalhar sem risco com as minhas faxinas”. Antônia de Sá tem comorbidades e optou por ficar em casa com o neto, que é especial. “Aqui em casa, nós dois não podemos de forma alguma pegar esse vírus”.

IPTU Social e Renda Família
A Dona Antônia está entre as 50 mil famílias que moram em imóveis cujo valor venal não supera R$ 60 mil e tiveram isenção do imposto neste ano de 2021 e também entre as milhares de famílias que estão sendo amparadas pelo município com um crédito no valor de R$ 300 por um período de seis meses. A intenção da gestão da Capital é amenizar o impacto socioeconômico da pandemia da Covid-19 e auxiliar as famílias afetadas.

De acordo com o prefeito Rogério Cruz, o IPTU Social é um benefício tributário temporário destinado às famílias mais vulnerabilizadas pela pandemia da Covid-19. “Esse programa faz parte das medidas que estão sendo adotadas pelo poder público municipal como forma de mitigar os impactos socioeconômicos provocados pela pandemia do coronavírus e pelo fim do auxílio emergencial do Governo Federal”, explicou o prefeito, lembrando que mais de 12 mil famílias foram beneficiadas automaticamente pelo programa. “Esse público já recebeu o boleto quitado”, diz.

O Renda Família, cujas inscrições foram prorrogadas até o dia 30 de abril, já tem 7.770 pessoas cadastradas no programa. Desses, 4.499 já foram beneficiadas e 2.287 estão com os processos em análise. “Devido à pandemia, verificamos que muitas famílias não têm sequer a condição financeira para se deslocar até a Atende Fácil ou acessar a internet”, detalha. “Nosso desejo é que todas as pessoas que necessitam de apoio tenham acesso e consigam realizar o cadastro”, completa Rogério Cruz.

Inscrições
Para participar do Renda Família é necessário ser maior de idade; a família residente não ter fonte de renda formal, a exemplo de carteira assinada, aposentadoria ou pensão, e morar em imóvel próprio, alugado ou cedido com Valor Venal de até R$ 100 mil. É possível checar o Valor Venal do imóvel no boleto do Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

No Cadastro Imobiliário da Prefeitura de Goiânia há quase 150 mil imóveis com Valor Venal de até R$ 100 mil. A participação no programa também é restrita aos que têm apenas um imóvel, não são Microempreendedores Individuais (MEIs) e não têm Cadastro de Atividade Econômica (CAE) ativo. Beneficiários do Bolsa Família, no entanto, estão aptos a realizar a solicitação.

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