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Roller afirma que Daniel Vilela é “oportunista”

Após Daniel criticar Caiado, secretário de Governo faz pergunta em vídeo: "quem a sociedade escuta, Daniel Vilela, ex-jogador fracassado de futebol, ou um médico de destaque como Ronaldo Caiado? Em rádio, chama emedebista de político oportunista"

Da Redação

O secretário de Governo do Estado de Goiás, ex-prefeito e ex-deputado estadual Ernesto Roller, disse na manhã de sexta-feira, 15, em entrevista para a rádio Sagres, que o ex-deputado Daniel Vilela (MDB) é um oportunista.

Roller acusa Daniel de tentar usar a pandemia de coronavírus para “fazer política”, enquanto o governador Ronaldo Caiado (DEM) tenta de todas as formas achatar a curva de mortes e contaminações. E também lembrou para Daniel que ele perdeu as eleições e precisa aceitar esta condição de completa falta de protagonismo. Sem mandato e com trajetória inexpressiva fora da política (sua única profissão antes da política: tentar ser jogador de futebol), o emedebista foi comparado com Caiado um dia antes de Roller falar à rádio.

Em um vídeo, o ex-prefeito de Formosa desabafou e lembrou que Daniel “de saúde” entende mesmo é de como bater escanteio: “Olha, você vai me desculpar. Você não é epidemiologista, você não está informado, porque o convênio com as unidades particulares de saúde está feito pelo Governo de Goiás. Daniel Vilela, você precisa compreender uma coisa: você perdeu a eleição. Agora, eu posso te dizer uma coisa: nós, goianos, entre o médico formado em medicina, entre o médico que se especializou fora, entre o homem que tem essa formação humanista que se chama Ronaldo Caiado e você, cuja a maior virtude foi ser um jogador de futebol, eu fico com o médico”.

A indignação de Roller com Daniel tem um motivo: o emedebista tentou criticar Caiado por não ouvir a sociedade, quando anunciou que Goiás teria endurecimento da quarentena devido ao fracasso do isolamento social diante da pandemia de Covid-19.

Ernesto Roller foi claro: “Não podemos permitir oportunismo político”. Lembrou para a emissora de rádio que Caiado toma decisões com os poderes do Estado, através de consulta aos técnicos da Secretaria de Saúde, Instituto Mauro Borges e especialistas da Universidade Federal de Goiás (UFG). Tanto é verdade que Caiado optou em adiar o novo decreto diante do impasse entre os integrantes do colegiado. Ou seja, não só escuta a sociedade, como entende quando inexiste possibilidade mínima de acordo.

Em seu vídeo, Daniel disse que Caiado está “sem rumo”. Roller constou que “logo Caiado, o governador que mais se destaca no debate nacional da pandemia, foi e é o que menos está perdido, pois defende a vida”: “O governador sempre dialoga com os poderes constituídos, como o Poder Judiciário, Poder Legislativo, sempre em reuniões com órgãos autônomos, com o Ministério Público e setores da sociedade, e sempre buscando tomar decisões como resultado deste diálogo, óbvio que estamos em um momento em que não se encontra unanimidade. Portanto algumas decisões têm que ser tomadas pelo governante”.

Derrotado nas eleições com uma votação incapaz de provocar até mesmo segundo turno, Vilela tem encontrado dificuldades para realizar críticas ao desempenho de Caiado, que é médico e renomado no debate de saúde pública.

Roller disse que o discurso de Daniel é inconsistente e vazio, o que tira qualquer credibilidade de sua fala: “Discurso produzido por muito ressentimento, talvez de oportunismo, porque o próprio Daniel Vilela estava a elogiar a atitude do governador no primeiro decreto. Não podemos permitir que o oportunismo político fale acima dos interesses da nossa sociedade”.

Advogado com larga experiência e ex-secretário de Segurança Pública, Roller lembrou que não se aplica lei ou norma que a população rejeita por rejeitar. Para ele, o que legitima a norma – no caso do decreto – é aceitação dos participantes da sociedade, que enxergam na regra a ser seguida uma garantia. Para ele, o decreto só tem eficácia com a adesão social: “Se não houver a participação de todos agentes institucionais e federativos, é impossível fazer uma política de isolamento social remando contra a maré”.

De acordo com Roller, as cidades precisam ser efetivas no cumprimento do decreto: “Tem uma questão de diversos prefeitos que não concordam (com o isolamento social) e encontra ressonância no funcionamento do Governo Federal”.

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