Aparecida

Aparecida pode retomar escalonamento do comércio nesta segunda-feira

Eduardo Marques

Com índice de 98,72% de ocupação geral de leitos de Unidades de Terapia Intensiva (UTIs) e 85,43% de enfermarias voltadas ao tratamento do novo coronavírus, de acordo com o Painel Covid-19 da Secretaria de Estado da Saúde de Goiás (SES-GO) de ontem, 12, Aparecida de Goiânia analisa o possível retorno do isolamento social intermitente com escalonamento regional. A proposta foi apresentada na tarde de sexta-feira, 12, em reunião virtual do Comitê Municipal de Prevenção e Enfrentamento ao novo Coronavírus de Aparecida (COE). Neste modelo, a cidade é dividida em 10 macrorregiões com fechamento conforme matriz de risco da pandemia no município. A medida está prevista para começar na próxima segunda-feira, 15. 

Membro do comitê, o presidente da Associação Comercial, Industrial e Empresarial da Região Leste de Aparecida (ACIRLAG), Maione Padeiro, afirmou ao Diário de Aparecida que o grupo vai se reunir na manhã deste sábado, 13, para decidir sobre as regras que os segmentos do setor produtivo terão de seguir pelo novo decreto e os últimos ajustes. “Vão analisar hoje de manhã quais segmentos entram e outros não. O que mais preocupa são as distribuidoras, bares, shoppings. Iremos analisar a questão da constitucionalidade do toque de recolher, porque não pode ferir o direito de ir e vir do cidadão.” 

Maione destacou que os membros do comitê concordam que, devido aos índices alarmantes de ocupação de UTI e mortes por Covid-19, deve haver isolamento social, no entanto lamenta que a decisão não esteja sendo cumprida. “Para não cair no descrédito, uma lei morta, então já entra o escalonamento. Agora precisam pontuar os setores que entrarão nessa nova decisão de restrições e ocupação de capacidade por cada segmento.” 

Apesar de defender o retorno do modelo de escalonamento do comércio, o presidente da ACIRLAG adverte aos comerciantes que façam as suas partes no sentido de respeitar as medidas sanitárias. “Hoje a questão é pedagógica. Respeito às normas sanitárias. Precisa de responsabilidade. Vamos ajudar na fiscalização e que cada comerciante cumpra o que foi estabelecido, os protocolos”. Ele destaca que é melhor cumprir a lei do que não trabalhar de forma alguma ou na clandestinidade. “Melhor cumprir o protocolo e trabalhar direito do que amanhã receber uma multa muito alta.” 

“O que nós queríamos mesmo era poder trabalhar sem restrições, mas infelizmente a pandemia está aí, os leitos já estão superlotados, mas pelo menos o escalonamento já causa um alívio. Se todos seguirem as regras sanitárias, todos estarão abertos, aqueles que quiserem fechar podem continuar, mas seguindo os protocolos. Faremos uma campanha de conscientização entre os empresários e até denunciando, caso haja necessidade. Por conta de um comerciante todo segmento pode ser penalizado.” 

Foto: Enio Medeiros / Secom Aparecida

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