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Senado dos EUA dá início a segundo julgamento político de Donald Trump

O Senado dos Estados Unidos iniciou o segundo julgamento político de Donald Trump nesta terça-feira (9), com uma apresentação dos acusadores democratas argumentando que o ex-presidente deveria ser condenado pelos fatos “claros e sólidos” relacionados com o violento ataque ao Congresso no mês passado.

Acusado de “incitação à insurreição”, o ex-presidente republicano, que deixou o poder em 20 de janeiro e agora reside na Flórida, não comparecerá para testemunhar.

E é muito provável que acabe sendo absolvido pela Câmara Alta, como ocorreu há um ano.

Em silêncio, os congressistas democratas que atuam como promotores no processo, cruzaram os mesmos corredores do Capitólio, sede do Congresso, para o Senado, cenário da invasão dos manifestantes pró-Trump em 6 de janeiro, semeando o caos e forçando a evacuação dos legisladores.

Em uma situação inédita, os 100 senadores que atuam como jurados foram testemunhas e vítimas do atentado. Depois de uma oração, eles tomaram seus lugares neste processo duplamente histórico. É a primeira vez que um ex-presidente dos EUA é sujeito a impeachment.

E em 13 de janeiro, o magnata do mercado imobiliário se tornou o primeiro inquilino da Casa Branca a ser indiciado duas vezes na Câmara dos Representantes. Ele já o tinha sido após ser acusado de pressionar a Ucrânia para prejudicar seu então adversário Biden, um processo do qual foi absolvido em 5 de fevereiro de 2020.

Jamie Raskin, o democrata que lidera a acusação, disse que o caso é baseado em fatos “claros e sólidos” e postou um vídeo de 10 minutos para argumentar que o ex-presidente encorajou a invasão do Capitólio, que deixou cinco mortos.

O vídeo mostrou trechos das cenas de caos e declarações ferozes de Trump a seus apoiadores, reunidos em um comício em Washington pouco antes do Congresso se reunir para certificar formalmente a vitória de seu rival democrata Joe Biden na eleição presidencial.

“Lutem como o demônio”, disse Trump, pouco antes do tumulto no templo da democracia americana.

Tropas da Guarda Nacional nos corredores e altas barreiras protegiam o Capitólio nesta terça em medidas de segurança sem precedentes que relembram a violência do ataque.

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