Política

Oposição também entra em campo para arrebatar a cadeira majoritária

Helton Lenine 


Os partidos de oposição em Goiás têm, até o momento, pelo menos seis pré-candidatos ao Senado. Estes nomes fazem parte de diferentes grupos e têm ideologias políticas distintas.

O ex-senador Wilder Morais (PL), por exemplo, ocupa espaço à direita, e tem apoio do presidente da República, Jair Bolsonaro (PL). Na chapa em que Wilder está, o pré-candidato ao Palácio das Esmeraldas é o deputado federal Vitor Hugo (PL). Segundo Wilder, o convite para que ele também se filiasse ao PL partiu do próprio Bolsonaro.

O empresário Leonardo Rizzo (Novo) é pré-candidato com o discurso de renovação política sustentado por seu partido desde sua criação, em 2015. Aos 65 anos, sendo 45 como empresário, Rizzo conta que recebeu convites de filiação de diferentes partidos, mas decidiu pelo Novo por causa da corrente liberal e ideias que “propõem só facilitar a vida do cidadão”.

Já o ex-governador Marconi Perillo (PSDB) é cotado para o Senado, Câmara dos Deputados ou governo estadual. Na esquerda, os professores Marcelo Moreira (PSOL), Manu Jacob (PSOL) e Reinaldo Pantaleão (UP) colocaram seus nomes à disposição dos partidos, mas a unificação dos projetos está em debate.

Há ainda a possibilidade de surgir mais um nome no grupo liderado por PT e PSB, que trabalha para o fortalecimento do palanque para a pré-candidatura de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) à Presidência.

A ex-deputada estadual Denise Carvalho (PC do B) pode ser a aposta da aliança PT, PC do B; PSB e PV. No PSOL, Marcelo Moreira e Manu Jacob colocaram seus nomes na disputa, mas existe possibilidade de coligação com outros partidos de esquerda.

Marcelo afirma que o diálogo ocorre por causa de um entendimento a nível nacional de organização de uma frente de esquerda capaz de se apresentar como alternativa aos candidatos de direita.

Manu explica que decidiu lançar a pré-candidatura por causa do cenário em que apenas homens se apresentaram para disputar o Senado. Com dois nomes, o PSOL deve tomar decisão sobre o tema no final de maio. “Hoje, o retrato da desigualdade no Brasil tem gênero e raça. A maior parte dos chefes de família são mulheres e muitas delas são negras”, afirma.

A possibilidade de o grupo lançar candidaturas isoladas ao Senado não é descartada pela presidente estadual do PSOL, Cíntia Dias. O PSOL decidiu ampliar as conversas com partidos como PCB, PSTU, PCO e UP.

Neste grupo, a UP tem Reinaldo Pantaleão como pré-candidato ao Senado e há nomes cotados também pelo PCB. Pantaleão é defensor de que o grupo dialogue e chegue ao consenso de chapa majoritária única.

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