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Iris aprofunda articulações para garantir MDB no palanque de Caiado

O ex-prefeito e ex-governador Iris Rezende (MDB) tem um objetivo a alcançar nas eleições de 2022: a reeleição do governador Ronaldo Caiado (DEM). Aposentado desde quando decidiu não concorrer à reeleição, em Goiânia, ano passado, Iris não pensa em disputar eleições, embora seu nome seja lembrado para o Senado.

O velho cacique tem se empenhado junto às lideranças do MDB – parlamentares, prefeitos, vereadores – no sentido de mostrar a importância de uma aliança do partido com o Democratas. “Ronaldo Caiado vai bem, é honesto, por que não o reeleger em 2022”, indaga o líder emedebista. Com o objetivo de evitar tropeços e assegurar a coligação MDB/DEM, Iris tem atuado em sintonia com Daniel Vilela, inclusive na sua recondução à presidência da executiva estadual do MDB, no início deste mês. Daniel foi reeleito, pela terceira vez, em chapa de consenso, ao comando do partido.

Iris Rezende também mostrou ao prefeito de Aparecida de Goiânia, Gustavo Mendanha, a inconveniência de o MDB lançar candidatura própria a governador em 2022. Para ele, Mendanha e Daniel podem esperar mais um pouco para enfrentar desafios eleitorais majoritários em Goiás. Daniel Vilela e Iris Rezende apresentam diversos argumentos em defesa da aliança MDB e o DEM caiadista, um deles é de que o partido não tem estrutura nos 246 municípios para lançar uma candidatura competitiva ao Palácio das Esmeraldas. Em seis disputas consecutivas para o governo de Goiás, o MDB perdeu todas e viu o seu tamanho diminuir a cada derrota.

Os dois líderes projetam o MDB, na aliança com o governador Ronaldo Caiado, conquistando cadeiras à Câmara Federal e à Assembleia Legislativa, ano que vem, para estruturar-se de forma adequada ao pleito de 2026, com candidaturas próprias a governador e senador. “O período de vacas gordas no MDB ocorreu de 1982 a 1998, quando o partido manteve o controle do governo do Estado em quatro eleições. Depois disso, amargou derrotas seis derrotas, o que fragilizou o partido”, diz o ex-presidente estadual do partido, Nailton de Oliveira, que prega a aliança do MDB com o DEM caiadista.

MDB, PSD, Progressistas e Republicanos aguardam Caiado dar os primeiros passos

Quatro partidos hoje teoricamente situados no espectro oposicionista em Goiás – MDB, PSD, Progressistas e Republicanos – aguardam o governador Ronaldo Caiado (DEM) dar os primeiros passos sobre as alianças visando às eleições majoritárias de 2022. Com sinalização de que querem trocar o palanque da oposição pela situação, essas legendas reivindicam espaços na chapa majoritária, ao lado de Caiado, seja de vice-governador ou de senador.

O MDB tem em Daniel Vilela, ex-deputado federal e presidente estadual, a opção para vice e no ex-prefeito de Goiânia Iris Rezende e no senador Luiz do Carmo os nomes para disputa ao Senado. O PSD pensa no presidente da Assembleia Legislativa Lissauer Vieira para uma vice na chapa de Caiado, mas tem também Henrique Meirelles como alternativa ao Senado.

O Progressistas quer escalar o ex-ministro de Cidades do governo Michel Temer, Alexandre Baldy, para o Senado, enquanto o Republicanos apresenta o deputado federal João Campos para a corrida ao Senado, em princípio avalizado pelo prefeito de Goiânia Rogério Cruz. No entanto, com dedicação integral à administração do Estado, principalmente no combate à pandemia de Covid-19, o Caiado tem postergado o debate sobre alianças e escolha de candidatos às eleições do ano que vem. Atualmente, 12 partidos já integram a base de apoio ao governo Caiado e sinalizam que estarão com o democratas no pleito de 2022.

Caiado tem recebido incentivo para concorrer a novo mandato de 160 dos 246 prefeitos, incluindo nomes de diversos partidos, entre eles o PSDB, Progressistas, Republicanos, MDB e PSD. Segundo o prefeito de Goianira, Carlão Andrade (DEM), presidente da Associação Goiana de Municípios (AGM), o apoio dos prefeitos à reeleição de Ronaldo Caiado ocorre pelo “espírito municipalista e agregador” do governador.

“Tenho conversado com prefeitos de todos os partidos e o entusiasmo é enorme em torno de parcerias administrativas com o Estado e também apoio eleitoral a Caiado nas eleições do ano que vem”, afirma Carlão Andrade. Para o presidente da AGM, a base municipalista será determinante nas eleições do ano que vem, quando não se terá mais candidatos avulsos e outsider disputando pleitos majoritários – presidente da República, governador e senador. “Vai vencer quem tiver respaldo nos municípios e da sociedade organizada”, conclui o dirigente classista. (H.L.)

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