Notícias

Para a oposição, falta um projeto alternativo e um nome para 2022

Em 2018, para se eleger governador de Goiás, o então senador Ronaldo Caiado contou com os seus atributos pessoais de honestidade e intransigência com a corrupção, mas não foi só: ele, durante a campanha, expôs um projeto alternativo de governo inteiramente diferente do que, até ali, faziam as gestões do PSDB.

Caiado, usando a sua credencial de médico, prometeu ênfase para a Saúde, simbolizada pelo projeto de implantação das Policlínicas regionais – que está em fase adiantada, com cinco delas já em funcionamento. Além disso, comprometeu-se a resolver um gargalo histórico do Estado: a má qualidade e a péssima conservação das estradas, outra frente de trabalho em que avançou significativamente. Falou ainda em Educação melhorada, que tem recebido os maiores investimentos da sua administração.

Mas o forte foi a nova visão que apresentou – e implantou – para o setor de Segurança Pública. Na campanha, o governador lançou o mote de que, com ele no poder, “bandidos teriam que mudar de Goiás ou mudar de profissão”, hoje transformado em realidade que pode ser medida na queda drástica de todos os índices de criminalidade no Estado. Caiado conseguiu o que, até a sua posse, acreditava-se ser impossível: devolver a paz social para uma população que vivia atormentada pela violência indiscriminada.

Para se opor a isso, a oposição precisaria formular um projeto para trazer alguma evolução e se tornar vantajoso para o eleitorado em relação ao que Caiado está fazendo como governador. É aí que as coisas se complicam: isso não existe. Não há nenhum partido ou liderança oposicionistas que tenha, por enquanto, sequer sugerido uma proposta diferente para o futuro de Goiás ou que possa ser mais atrativa para quem vai votar em 2022.

O máximo que a oposição consegue formular é a volta a antigamente, conforme as palavras de um dos seus principais líderes, o ex-governador Marconi Perillo, para quem “o PSDB não tem que se envergonhar dos seus governos”. O prefeito de Aparecida Gustavo Mendanha, ressentido com Caiado desde a eleição municipal de 2022, concorda, ao repetir que “tem identidade de pensamento com Marconi”. Ou seja: nem um nem outro nada tem nas mãos a não ser o vazio de ideias.

Artigos relacionados

Botão Voltar ao topo