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Goiás tem queda de 73% de mortes nas estradas

Relação é referente aos números do primeiro semestre de 2018, 2019 e 2020

Da Redação

O fim do uso de radares móveis em Goiás coincide com a queda de 73,61% no número de acidentes fatais nas estradas goianas. É o que revelam dados do policiamento rodoviário (CPR) da Polícia Militar do Estado de Goiás (PM-G0) em relação aos números do primeiro semestre de 2018, 2019 e 2020.

A retirada dos radares de pistola, equipamentos que causaram indignação dos goianos, já que estavam ligados à indústria da multa, foi uma medida ordenada pelo governador Ronaldo Caiado em 25 de janeiro de 2019.

Conforme os dados divulgados neste final de semana, em 2018 ocorreram 442 acidentes de trânsito com vítima fatal, sendo 886 com vítimas não fatais e 284 acidentes sem vítimas.
Segundo o relatório da Polícia Militar de Goiás (PMGO), um ano depois, sem os radares, as mortes caíram para 116 casos, sendo que foram registrados ainda 876 vítimas não fatais e 284 acidentes sem nenhuma espécie de vítima. Em 2020, ocorreu uma queda para 109 mortos, 756 vítimas e 204 acidentes sem vítimas.
O fim da indústria de multas tem relação com a modalidade de governo adotada. De acordo com o governador Ronaldo Caiado, até 2018, Goiás estava sob o comando do crime organizado, já que existia um sistema de arrecadação e multas do cidadão voltado para financiar grupos políticos bem como o enriquecimento dos mesmos.

“Logo que assumi o mandato, vi que havia órgãos estaduais que eram utilizados mais para sustentar um projeto político de ordem pessoal ou senão para enriquecimento ilícito de pessoas”, descreve.

PISTOLA

A Goinfra ordenou em janeiro 2019 que 54 radares móveis fossem retirados das rodovias goianas. Destes, 24 se pareciam com uma “pistola”. Utilizados pelo Batalhão Rodoviário da Polícia Militar, após ordem do Governo de Goiás, os equipamentos tornaram-se uma “mina de ouro” para multar o cidadão.

Em vez de flagrantes de excesso de velocidade nas rodovias goianas, os equipamentos foram usados de forma estratégica em locais que muitas vezes eram desnecessários, provocando uma grande indignação do povo goiano que passou a denunciar a indústria da multa.

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