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Robótica auxilia desenvolvimento de alunos da rede pública em Goiás

Governo do Estado enviou kits de robótica para 174 escolas do interior

Aulas de robótica integram a educação pública do estado de Goiania, desde que o governo enviou kit para   173 unidades de ensino. Em Piranhas,  que fica a 321 km de Goiânia, alunos do Centro de Ensino em Período Integral (Cepi) Maria Eulália de Jesus Portilho criaram jogos virtuais e animações a partir das ferramentas fornecidas pelo Estado. O material também é utilizado em colégios militares e escolas que atendem a alunos com deficiência.

O professor Jarbas Alves de Oliveira conta que o interesse dos estudantes pela robótica começou ainda durante a pandemia, quando foram desafiados a construir pequenos robôs mecânicos utilizando sucata e materiais encontrados em casa. No entanto, foi com a entrega do kit no ano passado que a temática ganhou força. “Foi uma porta, um despertar para o conhecimento, para as diversas formas de trabalhar a robótica em sala de aula”, relata.

“A cada dia a gente aprende e inova. E o mais gratificante para a gente é ver nossos alunos se sobressaírem e aprenderem mais sobre esses aplicativos, colhendo resultados. Os alunos são contagiados pela emoção, pela criatividade, pela vontade de aprender de maneira diferente. E a gente fica muito feliz”, acrescenta o professor.

A robótica também está presente no Centro de Apoio Pedagógico para Atendimento às Pessoas com Deficiência Visual (CAP), unidade que, dentre outras atividades, oferece atendimento educacional especializado a crianças, jovens e adultos cegos ou com baixa visão. O professor de Matemática do CAP, Flamarion Gonçalves Moreira, explica que a unidade conta, atualmente, com dois kits de robótica doados por meio de uma empresa especializada.

“É uma aula super disputada porque valoriza algo que eles têm, que é o toque. Não é porque o aluno não tem visão que ele é desprovido dessa capacidade. Pelo contrário, ele tem um reconhecimento muito mais sensível. E, se você trabalha com ele a questão da disposição lógica das peças, isso acaba se aguçando”, conta.

De acordo com o professor, a intenção é que os estudantes com deficiência visual desenvolvam suas habilidades matemáticas e espaciais e a lógica. “Qualquer usuário aqui do CAP pode participar, desde que a gente tenha a disponibilidade do kit. Tendo disponibilidade de horário a gente encaixa. Hoje a gente tem alunos pequenininhos, a partir dos 9 anos, e até alunos de 26 anos de idade”, especifica Flamarion.

Colégios militares
Em fevereiro deste ano, o Governo de Goiás, por meio da Secretaria de Estado da Educação (Seduc) iniciou a entrega de kits de Robótica aos 74 Colégios Estaduais da Polícia Militar de Goiás (CEPMGs). Ao todo, R$ 10 milhões foram investidos na aquisição dos equipamentos, que beneficiarão turmas de 6º e 7º anos do Ensino Fundamental. Eles contam com peças de robótica, materiais paradidáticos e tablets.

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Fernanda Cappellesso

Olá! Sou uma jornalista com 20 anos de experiência, apaixonada pelo poder transformador da comunicação. Atuando como publicitária e assessora de imprensa, tenho dedicado minha carreira a conectar histórias e pessoas, abordando temas que vão desde política e cultura até o fascinante mundo do turismo.

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