Brasil

Editorial do Diário de Aparecida: Proteção à imprensa

Ontem, 9, celebrou-se o Dia Mundial da Imunização. Neste período de pandemia, nunca se valorizou tanto a “picadinha” sentida no braço durante o ato de se vacinar. Sobretudo quando as doses de imunizantes contra o coronavírus, principal vírus em circulação em todo o mundo e que já tirou a vida de quase meio milhão de brasileiros, ainda são escassas e chegam à conta-gotas para a sociedade em geral.

Muitas são as profissões incluídas no Plano Nacional de Imunização (PNI) dos grupos prioritários, mas muitas também são as lutas para a inclusão de novas classes de profissionais ao PNI. Entre elas estão os jornalistas e a imprensa como um todo. Ontem, 9, a Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj) lançou uma campanha intitulada #vacinaaimprensa para chamar a atenção dos poderes públicos federal, estaduais e municipais.

O Dia Nacional de Luta pela Vacinação dos Jornalistas teve o objetivo de reforçar as ações pela inclusão dos profissionais da mídia entre os grupos prioritários de imunização contra a Covid-19, uma vez que os operários e operárias da notícia estão na linha de frente, cobrindo a pandemia do coronavírus e levando os fatos e as informações a toda a sociedade neste momento difícil.

Conforme o último relatório divulgado pelo Departamento de Saúde e Previdência da Federação, o novo coronavírus já matou 224 jornalistas, desde o começo da pandemia até o momento. Segundo outras fontes, a Covid-19 mata mais de um jornalista por dia na América Latina, região onde a pandemia é mais fatal para a imprensa. O Brasil é o segundo nesse ranking, atrás apenas do Peru.

Assim como os profissionais de saúde e de tantos outros setores, o trabalho jornalístico é uma atividade essencial para a manutenção da democracia, para a prevenção de novos casos e, consequentemente, à proteção de vidas. É preciso que, além das medidas tomadas pelas empresas, as ações governamentais resguardem a saúde daqueles que arriscam diariamente suas vidas para informar à sociedade. A valorização do trabalho jornalístico é fundamental para as liberdades individuais e coletivas.

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